“Com o fortalecimento do debate e a
proposta do plebiscito, a direita vai ter de recuar, no que concerne ao
referendo, que ela, de forma hipócrita, propôs ao governo e à sociedade
Davis Sena Filho, Brasil 247
“As manifestações de junho movimentaram o
tabuleiro político do Brasil e a rotina de vida dos brasileiros. Os protestos
foram compostos em sua maioria por grupos de classe média, a exemplo de
profissionais autônomos, pequenos e médios empresários, grupos políticos
conservadores, bem como os de extrema direita e principalmente por estudantes,
a grande maioria, filhos da classe média, além de segmentos partidários da
extrema esquerda, que fazem oposição ao Governo do PT, da presidenta Dilma
Rousseff e como sempre não enxergam o que está em jogo a um palmo à frente de
seus narizes.
As manifestações deixaram claro que a
classe média e também a população brasileira em geral quer mais do que já
conquistou nesses últimos onze anos de governos trabalhistas, que, sem sombra
dúvida, colocaram o Brasil em patamares de influência política e econômica
jamais experimentados em nossa história em termos internacionais, bem como
permitiu que o País americano fosse mais ouvido nos fóruns internacionais, a
eleger, em 2011, o agrônomo José Graziano para diretor-geral da Organização das
Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), além de eleger este ano o
diplomata Roberto Azevêdo para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial
do Comércio (OMC), um dos órgãos internacionais mais influentes e poderosos do
mundo.
Os dois dirigentes internacionais se
elegeram no período dos governos trabalhistas de Lula e Dilma, receberam apoio
incondicional dos mandatários ao tempo em que a imprensa alienígena e inimiga
dos interesses do Brasil minimizava essas importantes conquistas políticas e
diplomáticas, além de escalar comentaristas, colunistas e blogueiros para
desmerecer a importância dessas vitórias ao ponto de certos jornalistas
desqualificarem, inclusive, pessoalmente os dois mandatários brasileiros que
conquistaram os postos mais importantes da FAO e da OMC. Ponto.”
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