domingo, 30 de junho de 2013

Médicos do Detran se demitem após ponto eletrônico em Maceió

17:21 - 03/06/2013 Renée Le Campion
Detran de Alagoas tem crise entre médicos 
 
Detran de Alagoas tem crise entre médicos
A instalação de ponto eletrônico no Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran-AL) desencadeou a demissão de quase todos os médicos que trabalham no órgão. Com a ausência desses profissionais, usuários do Detran portadores de deficiência física e condutores que necessitam do serviço da junta médica estão impossibilitados de renovar a Carteira de Habilitação Nacional (CNH) ou contar com outros serviços ofertados exclusivamente pela perícia médica, inclusive a compra de veículos com isenção de impostos e a adptação deles às suas necessidades especiais.
Um servidor do Detran, que pediu para não ter o nome divulgado, confirmou ao TNH1 que o controle da frequência ao trabalho desagradou aos médicos. “Quando não havia monitoramento de frequência e de horário, os médicos faziam tabelinha e conseguiam conciliar o emprego no Detran com outras ocupações. Agora, com a obrigação de comparecer ao órgão todos os dias, muitos decidiram pedir demissão”, informou.
Para o servidor, o salário considerado baixo – em torno de R$ 2 mil mensais – seria outro fator para a demissão dos profissionais. “Para eles, simplesmente não vale a pena. A direção do Detran devia buscar uma alternativa rápida para o problema. A sociedade está sendo prejudicada. Há uma série de processos parados por causa da ausência destes médicos”, pontuou.
O engenheiro Antônio Diniz é uma das pessoas prejudicadas pela demissão dos médicos. A sua carteira de habilitação vence no próximo dia 20 e não poderá ser renovada porque não há médicos peritos para examiná-lo.
“Quando fui à Central Já para dar entrada na renovação, fui orientado a não pagar a taxa porque não conseguiriam emitir a CNH sem a junta médica, que está parada desde o dia 15 de abril. Recorri à gerência da junta e a diretora está de mãos atadas, porque vários médicos pediram demissão e ela disse que não há o que fazer”, explicou o engenheiro.
Segundo Diniz, a junta médica do Detran tem quatro profissionais. Duas médicas já teriam se demitido e uma terceira, que está de férias, já antecipou que vai entrar com o pedido de desligamento. O TNH1 tentou contato com a diretora da Junta Médica do Detran e também com a assessoria de comunicação do órgão, mas não conseguiu confirmar as informações. O motivo seria o encerramento do expediente, que vai até as 14h.
“Minha carteira vai vencer e eu ficarei inabilitado para dirigir. Gostaria que isso fosse solucionado. Esta falta de médicos não prejudica só a mim, mas a muitas pessoas que precisam desse serviço”, reclamou Antônio Diniz.

Então...Os médicos folgados estão mostrando...
Vânia Mattos Barbosa 30 de Junho de 2013 18:55
Então...Os médicos folgados estão mostrando aquilo que cansamos de denunciar...Não querem ir para o interior, não querem cumprir carga horária e sim receber pelo que não fazem, e não querem a vinda de médicos que realmente trabalham.Realmente, se aparecer o trabalho de quem o faz, também aparece aquilo que não é feito. É esse o temor?

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