domingo, 30 de junho de 2013

Por que o fantasma do Plebiscito assusta tanto a oposição?

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Xeque-Mate  - Marcelo Bancalero
Vamos tentar entender esse medo que a oposição tem do fantasma do plebiscito?
Por que fazem de tudo para impedir a todo custo as vozes do povo?
Para ajudar, leia os artigos;
Plebiscito: Dilma aborta o “Golpe da Toga de Cabide”
Oposição tem medo das ruas e das urnas
José Dirceu: Oposição tem medo das ruas e das urnas
A oposição continua com medo das ruas e das urnas. Ontem, PSDB, DEM e PPS divulgaram nota contra
o plebiscito sobre a reforma política, dizendo que é uma manobra diversionista e tentativa de golpe.
Por José Dirceu*
Na nota, os partidos dizem ser favoráveis a um referendo, e não a um plebiscito. Legislação complexa, como a da reforma política, exige maior discernimento, o que só um referendo pode propiciar, argumentam.
Ora, dizem que o povo não sabe votar, não tem discernimento para votar no plebiscito. Dizem que o povo precisa da oposição para ensiná-lo a votar. Daí a proposta de primeiro aprovar a reforma na Câmara e depois submeter ao referendo. Mas e o povo, como fica?
Como vemos, a oposição é quem propõe uma manobra diversionista, um golpe contra as ruas e as urnas, contra a soberania popular.
A nota ainda diz que se tivesse, de fato, desejado tratar com seriedade esta importante matéria, a presidente já teria, nesses dois anos e meio, manifestado à nação a sua proposta para o aperfeiçoamento do sistema partidário, eleitoral e político brasileiro.
Escondem que o ex-presidente Lula enviou ao Congresso Nacional depois de consultas feitas pelos seus ministros da Justiça e da Articulação Política uma proposta de reforma política. Escondem que o PT luta há anos pela reforma política na Câmara.
E inclusive escondem que está pronto para ser votado o relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS), que não conta com o apoio dos tucanos e seus aliados signatários da nota.
*José Dirceu é advogado, blogueiro, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT.
Fonte: Blog do Zé
Plebiscito: Dilma aborta o “Golpe da Toga de Cabide”
Contra reformas Rede Globo transforma o ex-ministro do STF, Carlos Velloso patrocinado por Aécio em garoto propaganda contra o plebiscito 
Assim como Miguel Arraes fora enganado pelo ex-governador de Minas, Magalhães Pinto, até o dia do Golpe de 1964, através de uma prometida aliança onde foi lhe oferecido ser vice de uma chapa a presidência da República, articulada pela então denominada esquerda mineira, na época comandada por José Aparecido.
Lula e Dilma nos últimos 10 anos trilharam o mesmo caminho através de uma aliança do PT com o PSDB em Minas Gerais capitaneada por Aécio Neves e Fernando Pimentel. O PT sacrificou seu crescimento em Minas em função de um projeto Nacional. Aécio queria evitar que qualquer liderança nova surgisse em Minas Gerais.
Em troca da docilidade do PT mineiro, Aécio prometia a Lula o controle sobre o PSDB nacional, que pedia em troca o esquecimento pelas bancadas do PT e aliados no Congresso Nacional da apuração dos crimes de toda ordem, e principalmente os ocorridos nas privatizações no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Até aí, tudo que fora combinado foi cumprido, não ocorreu no Congresso Nacional nenhuma investigação sobre as privatizações e outros desvios de conduta do governo de FHC e Aécio quando da CPI dos Correios conhecida como do Mensalão, manobrou integrantes do PSDB e de alguns partidos satélites para aprovação de um relatório final de “consenso”.
Enquanto isto, forças nacionais e internacionais articulavam-se através de Aécio Neves arregimentando recursos e adeptos para evitar mudanças políticas e econômicas profundas, que alterassem e retirassem do cenário, políticos profissionais gerados na Nova República, mantendo os privilégios dos grupos econômicos obtidos no período de FHC, assim como não fosse exterminado a “República dos Procuradores”.
Em busca de um interlocutor com o judiciário em 2007 o governador reeleito de Minas, Aécio Neves (PSDB), anunciou o nome do ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Velloso, para a recém-criada Secretaria Extraordinária de Relações Institucionais.
Aécio afirmava que a nova secretaria ficaria responsável pelo relacionamento de Minas com o governo federal, os demais Poderes e com os outros Estados. Entre as missões de Velloso estaria a “articulação de Minas com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a construção do novo pacto federativo”.
Como dito anteriormente, forças econômicas e políticas ultraconservadoras utilizaram-se do cargo que Aécio ocupava para montar um gigantesco caixa financeiro, para patrocinar esta causa e criar pontas de lanças espalhadas por todo país em empresas mineiras pertencentes principalmente a CEMIG, estrategicamente montadas para esta finalidade, para mostrar Aécio Neves como líder deste projeto.
Comandando a área de propaganda esteve Andrea Neves irmã de Aécio que através de bilionária campanha de publicidade, rigorosa censura e distribuição de uma verba bilionária a imprensa, deu-se início a construção da pretensa candidatura de Aécio Neves a presidência da República.
Parece atual mais o pronunciamento de Aécio Neves é de 2007:
"A secretaria [de Relações Institucionais] deverá ser o grande elo de ligação do Estado com os demais poderes da República, do Judiciário, com o Poder Executivo, e atuará, também, na construção dessa agenda nacional que o Brasil precisa viver, em especial, da federação", disse Aécio.
Segundo o governador afirmou na época, a criação da secretaria mostrava que:
"Minas Gerais estará antenada, ligada, atenta às grandes discussões que ocorrerão no plano nacional". "É a forma de criarmos uma interlocução direta da agenda mineira com a agenda nacional. Repito: questões relativas à repactuação da federação, projetos na área jurídica, na área econômica que interessem a Minas Gerais terão um interlocutor absolutamente gabaritado para auxiliá-los nessa tarefa e que passará a ser o ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Mário Velloso."
Minas Gerais continuava conspirando, prática comum adotada pelos diversos setores de sua sociedade e através da qual seus políticos nos últimos 90 anos buscam o Poder. O que abrigava e mantinha sigilo destas conspirações políticas, as paredes do Palácio da Liberdade, foram abandonadas por uma geração que ignora as regras e repudia suas origens.
Para esta nova geração ergueu-se o Palácio Tiradentes na propagada Cidade Administrativa. Para alguns críticos, Aécio Neves no intuito de se sentir no Rio de Janeiro adotou o mesmo nome do Palácio Tiradentes existente naquela cidade desde maio de 1926.
Embora tenha o seu nome, no mesmo não repousa a alma de Tiradentes, pois no sítio onde foi construído o Palácio erguia-se antes o histórico prédio da Cadeia Velha. Nos tempos da Colônia, aí funcionavam ao mesmo tempo o poder político municipal e a prisão, onde o "Mártir da Independência" passou seus últimos dias.
No Império e nas primeiras décadas republicanas, a Cadeia Velha tornou-se a sede da Câmara dos Deputados.
Da sua inauguração até a mudança da capital federal para Brasília, em 1960, o palácio abrigou a Câmara dos Deputados, com uma interrupção: o período da ditadura do Estado Novo, de 1937 a 1945.
Vejam com a historia é caprichosa, com o legislativo fechado, a partir de 1939 passou a funcionar no prédio um dos principais órgãos de divulgação do ideário estadonovista: o Departamento de Imprensa e Propaganda, o famoso DIP.
Qualquer semelhança em relação ao que vem ocorrendo em relação à censura a imprensa, propaganda excessiva desassociada da verdade adotada pelos ocupantes do governo de Minas desde 2003 não é mera coincidência, mudou-se o comando na Era Vargas era, Lourival Fontes membro da Sociedade de Estudos Políticos, da qual emanaria a Ação Integralista Brasileira (AIB), agora quem comanda é Andréia Neves, irmã de Aécio.
Sogro de Francisco Rezek, a quem sucedeu no STF como se por direito de herança - Rezek fora o principal interlocutor de Collor com as forças políticas mineiras que culminou com a escolha de Itamar Franco para ser seu vice - Velloso passou à aplainar arestas mediando “conflito”, entre a classe política e econômica que Aécio se propunha liderar e o Poder Judiciário.
Não por outro motivo, que mesmo diante das comprovadas irregularidades praticadas por Aécio Neves nada é investigado ou denunciado no STF pela PGR.
A classe política que sabia estar prestes a perder o Poder diante da ascensão do PT ao governo que prometia reformas políticas, afastando da vida pública políticos exauridos e carcomidos que obtinham o mandato em função de “esquemas”, pouco ortodoxo viu em Aécio Neves a tábua de salvação.
Velloso transitou neste período nas diversas cortes do judiciário, assim como no meio acadêmico sem ser notado em busca de apoio aos projetos de Aécio Neves e da sobrevida de políticos que acompanhavam Aécio, além da necessidade de uma eventual contestação do projeto de reformas de modernização política perante a justiça.
Por traz a Rede Globo tradicional aliada da classe política conservadora que sempre defendeu os interesses da emissora e de seu grupo jornalístico, por interesses econômicos passou a integrar o esquema após a compra da Light pela Cemig e a transação do Nióbio pela CBMM.
Na verdade Aécio pretendeu reeditar o que seu avô Tancredo fizera no colégio eleitoral em 1985, onde permitiu através da Aliança Democrática que políticos da Arena carcomidos e sem qualquer possibilidade de reeleição por terem participado do golpe de 64 tivessem uma sobrevida política.
Este receituário de Golpe é antigo, porém não contava com o povo na rua e com a imediata reação da presidente Dilma propondo entregar ao povo a decisão de seu destino através de um plebiscito. 
Evidente que a classe política que Aécio representa não quer que tal plebiscito aconteça, afinal foi mais de 10 anos de investimento no legislativo e judiciário que agora de nada adiantara, pois será a população quem decidirá a pauta e não seus parceiros de golpe.
Não para surpresa de quem sabia do golpe tramado, a Rede Globo no dia das medidas anunciadas pela presidente Dilma coloca em rede nacional como garoto propaganda contra o plebiscito e outras reformas políticas o ex-ministro Carlos Velloso, contratado por Aécio em 2007.
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