"Acredito que nós, que somos candidatos, inexoravelmente temos de dar
explicação de tudo. Candidato a qualquer cargo eletivo, principalmente a
presidente da República, está sujeito a ser perguntado sobre qualquer
questão e deve responder, se puder, né?", disse a presidente Dilma
Rousseff, nesta segunda-feira, referindo-se ao jatinho PR-AFA, usado por
Eduardo Campos e Marina Silva, que caiu em Santos (SP), matando o
governador pernambucano e outras seis pessoas; como o jato não tem dono
declarado e não poderia ter sido usado em campanhas políticas, ele pode
provocar a impugnação da candidatura do PSB; Marina promete responder
até amanhã; o problema é que, aparentemente, não há resposta
247 - A presidente Dilma Rousseff ampliou a pressão sobre a candidata
Marina Silva, do PSB, que prometeu dar uma resposta até amanhã sobre
quem era o proprietário do jatinho PR-AFA, usado por ela e Eduardo
Campos, e que caiu em Santos (SP), matando o ex-governador pernambucano e
outras seis pessoas, no dia 13 de agosto.
"Eu não estou acompanhando isso, porque, você vai me desculpar, mas não é
objeto do meu profundo interesse. Agora, acredito que nós, que somos
candidatos, inexoravelmente temos de dar explicação de tudo. Candidato a
qualquer cargo eletivo, principalmente a presidente da República, está
sujeito a ser perguntado sobre qualquer questão e deve responder, se
puder, né?", disse a presidente Dilma.
O "se puder" de Dilma não foi dito ao acaso. O motivo é que, ao que tudo
indica, o PSB não possui uma explicação plausível para o uso do avião.
Ele pertencia a um usineiro do grupo AF Andrade, que, em dificuldades
financeiras, repassou a aeronave para amigos de Eduardo Campos. Como
esses amigos, não tinham capacidade financeira para comprar uma aeronave
de R$ 18,5 milhões, a Polícia Federal investiga se a transação seria
paga com caixa dois de campanhas eleitorais.
Pertencendo ao grupo AF Andrade, a amigos do Eduardo Campos ou ao
próprio ex-governador, o jato não poderia ser usado pela campanha de
Eduardo e Marina por não estar registrado numa empresa de táxi aéreo.
É também improvável que apareça um dono para a aeronave porque quem
assumir a propriedade terá que se responsabilizar também pelo pagamento
do seguro, com reparações a quem sofreu danos materiais e indenizações
às famílias das vítimas - uma conta milionária.
Além disso, se a legislação eleitoral for aplicada, o PSB poderá ter sua
candidatura impugnada por fraude na prestação de contas das horas de
voo (leia mais na reportagem "Avião de Eduardo: caixa dois pode derrubar Marina").
Postado há 10 hours ago por Blog Justiceira de Esquerda
Do Blog Justiceira de Esquerda.
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