Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho
Intimado pelo governador Geraldo Alckmin a dar nomes aos bois para que possa dar início às investigações sobre a denúncia de que 30% dos parlamentares paulistas cobram propina dos prefeitos para a indicação de emendas, o deputado estadual Roque Barbieri (PTB) fez a pergunta acima em seu depoimento escrito encaminhado, na tarde desta quinta-feira, à Comissão de Ética da Assembléia Legislativa.
Na ameaça pouco velada, Barbiere lembrou também que alertou o secretário de Planejamento, Emanuel Fernandes, e a subsecretária de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, Rosemary Correa, sobre o comércio das emendas envolvendo deputados, prefeituras e empreiteiras, que consomem R$ 188 milhões do orçamento estadual por ano (cada excelência tem direito a distribuir R$ 2 milhões).
Na mesma sessão em que foi lida a carta de Roque Barbiere, a Comissão de Ética aprovou por unanimidade um convite para que o deputado licenciado Bruno Covas, atual secretário do Meio Ambiente do governo paulista e pré-candidato à Prefeitura, explique a denúncia que fez ao jornal "O Estado de S. Paulo".
Em agosto, antes que as acusações de Barbiere chegassem à grande imprensa, Bruno Covas afirmou que um prefeito lhe ofereceu 10% de "comissão" sobre uma emenda de R$ 50 mil do deputado que beneficiou sua cidade. Travou-se então, segundo Covas, o seguinte diálogo, ao ser surpreendido pela oferta do prefeito:
_ A quem devo entregar os R$ 5 mil?
_ Ah, entrega para a Santa Casa...
Em vez de denunciar o deputado corrupto, o
deputado sugeriu um ato de benemerência com a grana da propina. Agora, a
Comissão de Ética quer saber o nome do prefeito e o destino dado ao dinheiro da
emenda.
Bruno Covas tentou desmentir a declaração,
alegando que foi "mal intepretado", mas a entrevista está gravada.”
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