Para se referir ao ministro dos
esportes Orlando Silva, jornal Folha de São Paulo dessa manhã, publicou
várias manchetes de capa, com fonte grande e em negrito.Mas, quando
se trata de notícia sobre o PSDB, o leitor que tiver boa visão, e
procurar muito bem, encontrará em um cantinho da página do UoL, em
letras miúdas a pesquena manchete sobre o "mensalão do Alckmin". Bem
escondido, para não chamar atenção, como o meu querido leitor pode ler
na foto.Mas, não se anuime para ler. A nota é apenas para quem assina o
jormal
O governo de São Paulo liberou
R$ 150 mil para a empresa de um assessor do secretário de
Desenvolvimento Metropolitano do Estado, Edson Aparecido
(PSDB).Aparecido é braço direito e um dos principais articuladores
políticos do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Barracão em Lourdes (SP), fruto de repasse para empresa de um assessor do secretário Edson Aparecido |
Luiz Antonio Pereira de
Carvalho, também filiado ao PSDB, foi exonerado do cargo. A demissão foi
publicada ontem no "Diário Oficial", um dia depois de a Folha pedir
explicações à secretaria.
Ex-prefeito de Guzolândia
(noroeste paulista), Carvalho foi nomeado para o gabinete de Aparecido
em junho deste ano. O processo que levou à escolha de sua empresa, a
Solução Construções e Pavimentação, ocorreu no período em que ocupava o
cargo.
A construtora foi contratada
para erguer um barracão multiuso no município de Lourdes, também no
noroeste de São Paulo.A Folha mostrou que os envolvidos na obra não
sabem que utilidade ela terá.
A
obra é resultado de uma emenda do deputado estadual Dilmo dos Santos
(PV). Dilmo destinou recursos para Lourdes mesmo não tendo atuação
política na cidade, onde não recebeu votos.A prática foi apontada pelo
deputado Roque Barbiere (PTB) como indício da venda de emendas
parlamentares.
Formalmente, Carvalho transferiu
em 2009 a empresa para os nomes de sua mãe e sua mulher. Mas a mãe
confirmou à Folha que o ex-prefeito é o "dono da empresa".Na secretaria,
uma funcionária disse que o assessor não ficava "direto" ali,
permanecendo "às vezes em São Paulo e às vezes na cidade dele
[Guzolândia]".
A secretaria foi criada para
desenvolver as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Santos,
distantes do noroeste paulista.Pré-candidato a prefeito, ele integra a
Assembleia de Deus, a mesma igreja do deputado Dilmo dos Santos.
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