O
comando de perversidades da REDE GLOBO deve estar atônito com a
repercussão e as conseqüências da campanha liderada pelo grupo.
Denúncias e combate à corrupção. É que neste momento o dilema enfrentado
pela rede é o que fazer com os resultados de toda a farsa montada
cuidadosamente para acuar o governo Dilma, arrancar concessões e fazer
com que a presidente se desgarre de Lula (o verdadeiro alvo) esbarra no
STF e em ministros no mínimo suspeitos, caso de Gilmar Mendes.
A
ação impetrada pela Associação Brasileira de Magistrados soa como
confissão de culpa, no mínimo temor, refiro-me a que pretende limitar a
competência do Conselho Nacional de Justiça - CNJ - que tem deixado
alguns juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores com o
pé atrás.
Imagine se a coisa
ganha vulto e, de repente, a turma resolve investigar aqueles dois
habeas corpus concedidos a Daniel Dantas por Gilmar Mendes e chega à
edição da revista VEJA (faz o trabalho sujo da mídia corrupta) que
trouxe a público outra farsa. Gravações de conversas de Gilmar Mendes,
então presidente da Suprema Corte, colocando-o na condição de vítima?
As
tais gravações nunca existiram e foram montadas pelo próprio esquema de
Gilmar. Se prestaram a impedir que o delegado Protógenes Queiroz
conseguisse desmontar uma das quadrilhas mais perigosas e fortes dentre
as máfias que controlam o Estado brasileiro. A de Daniel Dantas.
E
todos os desdobramentos da operação chegassem ao telespectador comum,
aquele que William Bonner chama de "Homer Simpson" e com o sentido de
"idiota"?
Ia ficar complicado.
O
Supremo Tribunal Federal tem em mãos uma batata quente. Ou decide de
forma corporativa e contra a Constituição - no caso da ação dos juízes
através da entidade nacional que os representa - e assim garante a
impunidade, na melhor das hipóteses torna difícil o caminho para punir
integrantes do Judiciário que sejam corruptos, ou garante a
Constituição, da qual, em tese, é a instituição guardiã.
Num
debate num programa do canal de tevê fechada GLOBONEWS um desembargador
do estado do Rio não conseguiu contrapor-se a um professor de Direito
Constitucional - Pedro Serrano - e nem a apresentadora do programa
conseguiu, sequer, esboçar gesto de defesa dos "argumentos" do
desembargador.
Deve ter recebido orientação, falo da apresentadora, para não complicar, pois a repercussão seria negativa.
O
CNJ tem competência constitucional acima das corregedorias estaduais
para investigar magistrados suspeitos. As declarações de Eliana Calmon
sobre "bandidos que se escondem atrás de togas" são procedentes,
refletem uma realidade.
A tal
transparência que a GLOBO tanto pregou na campanha de combate à
corrupção, mas mirando publicamente num alvo e querendo acertar outro,
esbarrou na viagem de uma repórter à França para "cobrar" explicações de
uma academia sobre o prêmio concedido a Lula, o título de doutor
honoris causa. A moça quis saber por que não a FGC? Ora, FHC, como
respondeu o presidente da academia, espantado diante do tom da
jornalista, não mudou a face do Brasil e do mundo, pelo contrário,
enterrou o País e abriu perspectivas negativas em todos os sentidos. Do
mesmo jeito que Lula só contornou - com competência é verdade -, mas não
desarmou as armadilhas neoliberais do tucano. E nisso aí, mesmo dentro
do circo do capitalismo, tem uma distância abissal entre um e outro.
O
interessante nesse processo todo é que pela segunda vez o presidente do
Senado, José Sarney, dono da afiliada maranhense da GLOBO leva chumbo
grosso, como aconteceu no festival ROCK IN RIO. Foi aconselhado a algo
que não me parece gostar.
A
primeira foi quando a rede inventou, em 2002, a candidatura Roseana
Sarney, para achacar o governo FHC e não precisou muito esforço,
condicionando o apoio a Serra a 250 milhões de dólares para sair de uma
situação complicada e que poderia, a médio prazo, levar o grupo a
falência.
Nas duas Sarney ficou calado.
Mulher de malandro como se costuma dizer.
E
os corruptores? Toda aquela "indignação" de alguns músicos contra a
corrupção limitou-se a denunciar políticos como agentes da corrupção.
Para que existam políticos corruptos é necessário que existam
corruptores.
E quem corrompe? Os
professores de Minas Gerais? De São Paulo? Do Rio? Do Ceará? Ou Luciano
Huck, estrela da GLOBO que contrata o escritório da mulher do governador
do estado Rio, Sérgio Cabral, para legalizar uma casa ilegal?
E
isso é coisa pequena. E banqueiros? Empreiteiros? Latifundiários no
caso do Código Florestal, nos assassinatos de lideranças camponesas e
indígenas, na grilagem de terras públicas?
Em
nenhum momento os paladinos da moral e dos bons costumes na GLOBO
levantaram a questão dos financiamentos de campanha. É óbvio, defendem -
William Waack faz isso ardorosamente - que empresas, bancos e
latifundiários possam continuar a comprar e eleger lotes de deputados,
senadores, prefeitos, governadores, etc, longe do financiamento público
de campanha.
É a hipocrisia misturada a doses cavalares de alienação. "Hipocrialienação".
Por
trás de tudo isso a luta pelo marco regulatório das comunicações, que
significará o fim do monopólio, logo da verdade única, absoluta (que é a
mentira que a GLOBO joga para milhões de brasileiros diariamente), irá
assegurar o contraditório, ou seja, a liberdade plena de expressão. A
luta de militares sobreviventes da ditadura contra a Comissão da
Verdade, o medo da revelação do verdadeiro caráter do golpe de 1964
(comando do exterior, interesses de potência estrangeira e barbárie nos
cárceres do que a FOLHA DE SÃO PAULO chama de ditabranda).
A
GLOBO não quer nem de longe saber disso. Correr esses riscos e se ver
desnuda diante dos brasileiros. A realidade estampada para cada um,
exibindo a essência da rede, corrupta desde sua gênese.
E
por aí começa aquela história, acusaram o golpe, que "o jornalismo é a
minha vida". Com Miriam Leitão? Lúcia Hipólito? William Waack? Putz!
Esculhambaram o jornalismo e não têm o menor pudor em fazer isso.
A
nau do combate à corrupção que a GLOBO inventou, o tal grupo Mãos
Limpas, fascismo puro arquitetado em São Paulo (onde as denúncias de
corrupção de Serra e Alckmin começam a pipocar), quer apenas a chave do
cofre.
É esse o incômodo. E a bomba vai explodir no STF.
É
de fato Suprema Corte, guardiã da Constituição, ou grupo integrante do
esquema corporativo que mantém o Estado brasileiro aprisionado a
interesses de banqueiros, grandes empresários e latifundiários?
A turma vai ter que rebolar para arranjar um jeito de sair dessa.
Laerte Braga
3 comentários:
Eu espero ansiosamente o dia em que a Rede Globo for desmascarada perante todos os brasileiros.
E eu tenho fé que esse dia chegará, e finalmente o povo brasileiro acordará da letargia que foi colocado por essa mídia podre.
Abraços
BURGOS,
Também espero e acredito que aos poucos este dia está chegando.
Abraçõs,
Saaiva
CORREÇÃO:
BURGOS,
Também espero e acredito que aos poucos este dia está chegando.
Abraços,
Saraiva
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