Daqui
a pouco devem surgir os primeiros resultados das eleições argentinas,
confirmando a esmagadora vitória de Cristina Kirchner.
O favoritismo da presidenta argentina, porém, não impediu que O Globo
e o Estadão, hoje, publicassem artigos que não do sexismo mais torpe ao
desprezo mais ignóbil pela vontade do povo argentino.
Neles, Cristina, eleita e provavelmente reeleita, é tratada como uma
ditadora obscurantista. Em O Globo, ao editorialista Luiz Paulo Horta, a
chama de “caudilhesca” e vinda de “uma província obscura”. No Estadão,
recorrem a um diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso, Sérgio
Fausto, para chamarem-na de manipuladora e censora.
É, Cristina Kirchner vai eleger-se por aquilo que, outro dia,
O Globo chamou de “
feel good factor“, isto é, a sensação de bem-estar dos argentinos com seu governo.
Mas, sejamos justos, o machismo é componente menor nesse ódio. O que
não suportam mesmo é que um governante se apóie no povo, não na mídia,
tanto que usam a Globo de lá, o
Clarín, como medida de democracia.
Daqui a pouco vão ter de engolir o melhor purgante da democracia: o voto.
Do Blog
TIJOLAÇO.COM
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