Saiu no Estadão:
Acordo abre portas do Orçamento paulista a deputados federais aliados
Prefeitos e parlamentares da
base aliada ao governo de São Paulo confirmaram ao ‘Estado’ a existência
de uma prática que permite aos congressistas apresentar emendas e
intermediar convênios
Deputados federais de partidos
aliados ao governo paulista têm trânsito livre para interferir na
destinação de recursos do Orçamento estadual e fazer indicações de
convênios. Prefeitos e parlamentares da própria base aliada relataram ao
Estado a existência do acordo político que garante a parlamentares
federais o direito de apresentar emendas ao Orçamento.
Oficialmente, os congressistas
só podem fazer emendas ao Orçamento da União, no qual têm cota de R$ 13
milhões. Deputados federais da bancada paulista do PSDB, DEM e PPS,
porém, têm dificuldades de emplacar emendas no Orçamento da União por
serem da oposição.
Quatro deputados da base aliada
ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) com trânsito no Palácio dos
Bandeirantes afirmaram ao Estado, sob garantia de anonimato, que o
governo paulista concedeu, entre 2007 e 2010, emendas de R$ 2 milhões a
esses deputados federais. O governo nega a informação, dizendo que tais
políticos fazem apenas “sugestões”, e não apresentam emendas.
Atuação. O atual secretário de
Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, que exerceu mandato na
Câmara dos Deputados até o fim do ano passado, intermediou um convênio
no valor de R$ 50 mil com a prefeitura de Presidente Venceslau para
obras de pavimentação e recapeamento na cidade.
“Eu pedi para o Edson Aparecido
R$ 150 mil. Como ele era deputado federal, apresentou uma emenda ao
Orçamento da União. Mas como o ministério das Cidades não liberou a
verba ele conseguiu R$ 50 mil via governo estadual”, conta o presidente
da Câmara Municipal, vereador Eliseu Bayer (PSDB).
(…)
E depois são esses tucanos que vão para o horário eleitoral denunciar a corrupção.
Eles pensam que você é bobo, amigo navegante.Clique aqui para ver como o Globo não consegue entender por que a multidão não passa de uma multidinha.
Paulo Henrique Amorim
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