27 de Jun de 2013 | 14:18
Dilma perdeu a guerra da comunicação, avaliam petistas
A contraofensiva da presidente Dilma Rousseff às manifestações de rua, traduzida em propostas, algumas delas já referendadas por votações ocorridas no Congresso desde ontem (25), e em uma maratona de reuniões com movimentos sociais, tem um potencial bastante limitado de quebrar o isolamento político do governo.Antes das manifestações, o governo Dilma não tinha relação com os movimentos sociais, aprofundou compromissos com inimigos figadais dessas organizações – como as bancadas ruralista e evangélica – e manteve o Congresso distante das decisões de governo. A bancada aliada, liderada pelo PT, embora insatisfeita, mantinha-se leal porque a reeleição da presidente era considerada como uma fatalidade. Após as manifestações, Dilma imprimiu uma velocidade de maratona às consultas a movimentos sociais, mas pode ter aprofundado ainda mais a distância que sempre manteve com o PT e com a base aliada. E não tem mais como elemento neutralizador das insatisfações dos partidos aliados uma vitória inexorável na disputa pela reeleição, no ano que vem.
Ontem (25), em reunião da bancada do PT com o presidente do partido, Rui Falcão, parlamentares desfilaram uma lista interminável de rancores com o governo – a mais recente, pelo fato de a presidente ter assumido uma posição quase definitiva em favor de uma Constituinte exclusiva para a reforma política sem ter segurança jurídica ou política de que a alternativa era viável, recuar e obrigar a bancada, que não foi consultada em nenhum momento, a um silêncio obsequioso. Os parlamentares identificam também no perfil do atual governo a origem de insatisfações.
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