Tão criticado por mim, o governador Sérgio Cabral merece aqui um
elogio diante do registro de sua atitude ponderada na noite em que o
prédio da ALERJ foi atacado por criminosos / vândalos travestidos de
manifestantes. Conforme matéria do Jornal O Dia, o governador não
permitiu que o BATALHÃO DE CHOQUE fosse para o local de imediato,
retardando a saída da tropa e evitando que, pela proximidade do local
onde ficam aquartelados, chegassem ao CENTRO no momento exato em que a
turba enfurecida perpetrava os mais condenáveis atos. Tivesse a TROPA
ido ao local de imediato, e, para além dos prejuízos materiais e das
horas de ansiedade vividas pelos que se encontravam acuados dento do
prédio da Assembléia, teríamos uma carnificina.
Há que se ter uma postura firme em relação a tudo o que vem
acontecendo. Se por um lado é absolutamente claro o direito do cidadão
protestar, por outro é absoluta a obrigação do ESTADO/GOVERNO em manter a
ORDEM. Não se admite o que vem ocorrendo, e, os líderes do movimento
precisam tomar uma posição de segurar a onda de manifestações, que nesse
momento só serve aos que desejam por oportunismo, usar o movimento em
proveito de suas intenções criminosas e inconfessáveis. Se continuar
assim, do jeito que as coisas estão, vão ocorrer mortes. E todos os que
lideram tais convocações / atos serão responsabilizados por elas.
NÃO SE ILUDAM JOVENS LÍDERES, quando as coisas virarem e saírem do
controle, como já estamos assistindo, VOCÊS VÃO PAGAR O PATO, e a MÍDIA e
os que hoje BATEM PALMAS vão lhes virar as costas, com a argumentação
de que vocês não souberam a hora de dar UM TEMPO.
Informe do DIA: Cabral e o Choque
Decisão de retardar ida de Batalhão à Alerj foi tomada em conjunto por governador e presidente da Casa
FERNANDO MOLICA
Rio - A decisão de, na noite de segunda-feira, retardar a ida do
Batalhão de Choque para a Assembleia Legislativa foi tomada em conjunto
pelo governador Sérgio Cabral e pelo presidente da Alerj, deputado Paulo
Melo. Os dois concordaram que a chegada da tropa poderia aumentar o
tumulto e até provocar mortes.
Em conversas por telefone, eles relembraram o caso do secundarista
Edson Luís, morto em 1968 pela Polícia Militar durante confronto
ocorrido no restaurante Calabouço. O crime deflagou uma onda de
protestos contra a ditadura.
A ordem
Pouco depois das 20h de segunda, soldados do Batalhão de Choque se
preparavam para partir em direção à Alerj quando o governador mandou
retardar a saída. A tropa, especializada no controle de tumultos, só
chegaria ao local pouco antes da meia-noite.
Atentados
A Polícia Federal detectou que traficantes de drogas do Rio planejam
pegar carona na mobilização popular. Querem reeditar atentados como os
ocorridos em dezembro de 2006. A Secretaria de Segurança já foi avisada.
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