quarta-feira, 19 de junho de 2013

Capítulo novo na novela da vingança tucana contra Afif

Por Zé Dirceu
Anuncia-se que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu processo para analisar a acumulação de cargos do ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos (PSD). O ministro acumula o posto com o de vice-governador do Estado de São Paulo. A instauração do processo foi anunciada pela presidente da Comissão, Américo Lacombe.
Foi o suficiente para a imprensa continuar a dar corda a esse assunto. Só mesmo essa mídia hipócrita para continuar a alimentar essa questão que, como já registrei antes aqui no blog, não passa de perseguição política tucana contra um outrora aliado. Afif se elegeu vice-governador do Estado pelo DEM, em 2010, na chapa do governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas na sequência mudou-se para o PSD.
Lacombe mesmo reconhece que o problema Afif é muito "maior" no Estado de São Paulo, pelo fato de o cargo de vice-governador ser eletivo. Mas, mesmo assim, a Comissão de Ética vai examiná-lo e entre as opções possíveis estão a imposição de advertência ou até mesmo a recomendação da exoneração de Afif. A próxima reunião do grupo está marcada para 29 de julho.
Processo anda em meio à maioria do governo Alckmin
Na semana passada, a Assembleia Legislativa paulista - de maioria do governo Geraldo Alckmin, portanto sob os auspícios do governo tucano paulista -, intensificou as manobras para tentar tirar o cargo de vice-governador de Afif. E o Ministério Público do Estado e a Comissão de Ética paulista se manifestaram pela perda de mandato do vice-governador.
Já o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) afasta ilegalidade na acumulação de cargos de Afif. De acordo com a AGU, haveria impedimento apenas caso Afif sucedesse "definitivamente" ao governador Alckmin.
Só para lembrar: o vice-presidente da República nos governos Lula, José Alencar foi Ministro da Defesa numa parte daquele período. Em São Paulo vários vice-governadores já foram, simultaneamente, secretários de Estado. A diferença é que estes vice-secretários de Estado paulistas não deixaram o tucanato ou a legenda aliada aos tucanos.
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