O título da presente postagem é uma contribuição da Dilma Bolada, famosa e inteligente sátira à Presidenta Dilma Rousseff (PT). Presidenta sim, por mais que a direita insista em chamá-la de Presidente, mesmo a palavra terminando em “a” sendo reconhecida pela ABL – Academia Brasileira de Letras, vários dicionários e linguistas.
Ontem (25) a presidenta sugeriu um amplo debate sobre a possibilidade de se fazer um plebiscito para a criação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva para realizar a tão necessária reforma política.
Os juristas aecistas ou paredistas* logo disseram que era golpe.
Outros juristas apenas disseram ser contrários à Assembleia Constituinte Exclusiva.
Alguns juristas disseram que são favoráveis à Assembleia Constituinte Exclusiva, criada via plebiscito.
E pessoas sem formação jurídica logo vieram apoiar ou criticar a medida, mesmo sem embasamento jurídico e constitucional.
Foi uma jogada de mestre da chamada “poste” em 2010 e agora “incompetente” pelos seus opositores. Com essa jogada no xadrez da política, Dilma levantou a necessidade da reforma política para a sociedade e pressiona o Congresso Nacional a agilizar essa reforma tão importante.
Hoje (25) o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), professor de Direito Administrativo da PUCSP, disse não ser necessário que o plebiscito convoque a Assembleia Constituinte Exclusiva, mas defende o plebiscito para, de forma democrática, escutar o povo sobre o que deve ser alterado no sistema político. Defende que o plebiscito seja criado pelo Congresso Nacional, que é quem tem competência constitucional para isso. O povo decidiria em plebiscito, mas o Congresso Nacional referendaria as mudanças no sistema político.
Minha proposta de reforma política é o financiamento público de campanha, com voto em lista fechada e o fim das coligações.
O fato e que Dilma atingiu seu objetivo.
Aposto que o Congresso Nacional, com ou sem plebiscito, fará a reforma política, após essa jogada de Dilma.
Se será a melhor reforma política? Não sei. De qualquer forma saibamos que a reforma política não é suficiente para que melhoremos principalmente nossos parlamentos. O povo tem que dar mais importância para o seu voto nos vereadores, deputados e senadores.
Sou linda, sou diva, sou presidenta! Sou Dilma! (outra contribuição da Dilma Bolada)
*Paredistas são os partidários do PAREDE – Partido Rede, que a Marina Silva (ex-PT e ex-PV) está criando.
Tarso Cabral Violin – autor do Blog do Tarso, advogado em Curitiba, professor de Direito Administrativo e autor de diversos livros e textos na área do Direito Público
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