Foto: Gustavo Bezerra
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Em pronunciamento na tribuna da Câmara, nesta terça-feira (11), o deputado Fernando
Ferro (PT-PE) não poupou críticas ao “silêncio” da mídia brasileira
sobre denúncias a respeito da vigilância ilegal promovida por órgãos de
segurança dos Estados Unidos tanto em território norte-americano como
em outros países.
“Estranho
o silêncio da imprensa brasileira, que sempre acusa Venezuela,
Argentina ou Cuba de procedimentos autoritários, quanto ao que nós
assistimos em relação à denúncia de ex-agente da CIA sobre o
monitoramento de ligações telefônicas da vida privada”, disse.
O
deputado se referiu a Edward Snowden, ex-agente da NSA (Agência
Nacional de Segurança, na sigla em inglês) que revelou ao jornal inglês
The Guardian a prática corrente, por parte dos EUA, de monitorar
ligações telefônicas, e-mails e outros tipos de meios de comunicação
utilizados por milhões de pessoas em todo o mundo.
“A
NSA criou uma infraestrutura que lhe permite interceptar quase tudo.
Eu não quero viver num mundo onde tudo que eu faço e digo é
registrado”, explicou Snowden em entrevista ao Guardian.
Ferro atacou o que chama de “volta da censura e do autoritarismo” e afirmou, ainda, que a mídia brasileira é submissa. “Cobro
da imprensa brasileira o mesmo rigor que tem com os outros países.
Isso é uma submissão, um neocolonialismo típico da imprensa nacional”, disparou o petista.
Ferro
lembrou que o fundador do WikiLeaks, Julian Assenge, está sendo
perseguido pelos EUA por ter revelado telegramas secretos nos quais é
denunciada a diplomacia deste país por crimes e barbaridades cometidas
em nome da “liberdade e da democracia”. O parlamentar citou também o
caso de jornalistas da Associated Press que foram recentemente
grampeados pelo governo Obama.
Rogério Tomaz Jr.
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