sexta-feira, 21 de junho de 2013

FIFA: COPA DO MUNDO DE 2014 NO BRASIL ESTÁ GARANTIDA _+_GOVERNO NÃO PENSA EM CANCELAR EVENTOS NO PAÍS

"Não discutimos nem consideramos cancelar a Copa", afirmou o porta-voz da entidade máxima do futebol, Pekka Odriozola, nesta sexta-feira; especulação se deve aos protestos que varrem todo o País, durante a realização da Copa das Confederações; Inglaterra se aproveitou da instabilidade para se oferecer como Plano B e sediar o Mundial
21 DE JUNHO DE 2013 
RIO DE JANEIRO, 21 Jun (Reuters) - A realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 está garantida apesar de protestos recentes no país, segundo informações do porta-voz da Fifa Pekka Odriozola, nesta sexta-feira.
"Não discutimos nem consideremos cancelar a Copa", afirmou.
A Fifa já havia informado mais cedo também que não discutiu a possibilidade de cancelar a Copa das Confederações por conta da onda de protestos que tomou as ruas de todo o Brasil.
"Até esta data, nem a Fifa nem o Comitê Organizador Local nunca discutiram qualquer possibilidade de cancelamento da Copa das Confederações da Fifa", disse a Fifa em comunicado enviado à Reuters.
A possibilidade de uma eventual suspensão da Copa das Confederações foi divulgada pela mídia local, depois que as manifestações inicialmente convocadas para protestar contra a tarifa do transporte público derivaram em protestos generalizados, incluindo contra os gastos do governo com as Copas das Confederações e do Mundo de 2014.
Desde a cerimônia de abertura da Copa das Confederações, no dia 15 de junho em Brasília, houve protestos nas áreas do estádios e confrontos entre manifestantes e policiais no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Salvador.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
Leia aqui e abaixo reportagem com informação exclusiva do 247 de que a Inglaterra se ofereceu para sediar o Mundial de 2014:
Exclusivo: Inglaterra se oferece para Copa de 2014
247 - A Fifa, comandada por Joseph Blatter, tem uma carta na manga, caso o Brasil se mostre incapaz de garantir padrões mínimos de segurança para as seleções internacionais e seus torcedores. A Inglaterra, que tentou ser sede da Copa de 2018, e perdeu a disputa para a Rússia, se ofereceu como "plano B" para o Mundial de 2014. A proposta foi feita a Blatter, que, dias atrás, antes de sair prematuramente do Brasil, antes do fim da Copa das Confederações, lembrou que não foi a Fifa quem pediu ao Brasil para realizar a Copa – mas exatamente o contrário.
As imagens de violência e depredação de espaços públicos que se espalham pelo mundo, com ataques a prefeituras, ao Congresso, ao Itamaraty e cerco até ao Palácio do Planalto, correm o mundo, sinalizando um poder acuado e incapaz de responder aos desafios do momento – numa primeira reação, a presidente Dilma Rousseff convocou, para as 9h desta sexta-feira, uma reunião de emergência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
A proposta da Inglaterra, que é tratada confidencialmente, pode ganhar força se novas cenas de violência comprometerem o sucesso da Copa das Confederações. Até agora, já houve vários incidentes, como a tentativa de cerco ao Castelão, em Fortaleza, onde o Brasil enfrentou o México, os furtos à seleção espanhola, no hotel do Recife, e a depredação de um ônibus da seleção brasileira, em Salvador, ontem à noite. A situação é tão grave que a Fifa já ameaçou suspender a etapa final da Copa das Confederações.
Perder a Copa, no entanto, depois de gastos de R$ 30 bilhões gastos na construção das arenas e em outros investimentos para o torneio, teria impacto devastador no mundo político. Seria uma demonstração de fracasso coletivo do Brasil como nação. Mais grave ainda seria a transferência para a Inglaterra, cuja imprensa tem feito campanha sistemática contra a condução da política econômica no País.
O risco é real. E cabe à presidente Dilma evitar que se materialize.
GOVERNO NÃO PENSA EM CANCELAR EVENTOS NO PAÍS
Presidente Dilma se reuniu durante duas horas com o ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, para avaliar as manifestações que ocorrem em todo o Brasil; avaliação é de que o governo continua assustado com os protestos, mas não pretende cancelar qualquer evento já programado, garantindo que o País tem condições para promover com segurança a Copa das Confederações, a visita do Papa no mês que vem e a Copa do Mundo em 2014; presidente Dilma decidiu se manifestar ainda hoje
21 DE JUNHO DE 2013 ÀS 12:14
247 – O governo não pretende cancelar qualquer evento já marcado no País nos próximos anos. A presidente Dilma Rousseff se reuniu por duas horas nesta manhã com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para discutir os protestos que acontecem em todo o Brasil. A avaliação é de que o governo continua assustado com as manifestações, mas garante que o País tem condições de promover com segurança a Copa das Confederações, a visita do Papa em julho, para a Jornada Mundial da Juventude, e a Copa do Mundo, em 2014.
A presidente, que chegou ao Planalto às 9h15, também se reuniu nesta sexta-feira com o ministro da Educação e braço direito, Aloizio Mercadante, e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Outras reuniões devem acontecer ao longo do dia. À tarde, a presidente tem em sua agenda a visita de Dom Raymundo Damasceno Assis, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A pauta deve ser a visita do Papa para a JMJ, no Rio de Janeiro.
Leia abaixo reportagem do 247 sobre a decisão de Dilma de se manifestar ainda hoje:
Dilma falará à Nação hoje
A presidente Dilma Rousseff acaba de tomar a decisão de falar à Nação sobre os acontecimentos de ontem, em várias cidades do Brasil. Reunida com seu núcleo duro, em Brasília, que inclui os ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, ela já decidiu que irá se pronunciar, com veemência, em defesa da democracia, mas também da ordem, rechaçando de forma contundente todos os atos de violência.
Ela, que acompanhou tudo pela televisão ontem à noite, ficou especialmente assustada com o vandalismo em Brasília, onde o Palácio do Itamaraty, obra-prima da arquitetura mundial, foi atacado, e no Rio de Janeiro, onde houve tentativa de invasão à prefeitura e um repórter da GloboNews, Pedro Vedova, foi atingido com uma bala de borracha na testa.
Ainda não há consenso sobre a forma do pronunciamento. Há quem defenda uma fala em cadeia nacional de rádio e televisão, às 20h. No entanto, a mensagem talvez seja transmitida de forma menos formal, numa entrevista ainda hoje no Palácio do Planalto.
Também assustados com a violência, os integrantes do Movimento Passe Livre anunciaram que não convocarão mais protestos para a cidade de São Paulo.
Abaixo, noticiário da Reuters, sobre decisão do MPL:
MPL anuncia que não convocará novos protestos em São Paulo
SÃO PAULO, 21 Jun (Reuters) - O Movimento Passe Livre (MPL), que deu partida a uma série de manifestações em diversas cidades brasileiras pela redução da tarifa do transporte público, informou nesta sexta-feira que por ora não convocará mais protestos em São Paulo.
A onda de protestos no país, que começou há cerca de duas semanas, teve seu ápice na quinta-feira, quando estima-se que mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas de dezenas de municípios, mesmo após a reivindicação inicial pela queda das passagens ter sido atendida em diversas cidades.
"O MPL aqui em São Paulo não vai mais convocar os protestos. Pelo menos por enquanto, não tem nenhuma previsão de novas manifestações", disse o bancário e militante do MPL, Douglas Belome, à Reuters, por telefone.
Os atos de violência se agravaram em várias localidades. Em Brasília, manifestantes --que agora pedem uma extensa pauta que vai de melhoria dos serviços públicos à crítica pelos gastos para realização da Copa do Mundo no país-- chegaram a invadir e atear fogo ao Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.
Muitos dos manifestantes, em sua maioria jovens, têm se posicionado contra a participação de partidos políticos nas passeatas. Em algumas cidades, como São Paulo, a presença de legendas acirrou os ânimos de grupos que estavam nas ruas.
"Com relação ao que aconteceu ontem (quinta-feira), a gente ficou particularmente triste, porque entendeu que muitas das pessoas ligadas a partidos que estavam presentes estavam na luta com a gente desde o início, e algumas chegaram a ser acusadas de oportunistas e estavam sofrendo e vibrando com a gente desde o início, lutando pela mesma causa", afirmou o militante do MPL.
"O MPL se coloca como apartidário, mas insiste que não é antipartidário", acrescentou Belome.
A presidente Dilma Rousseff cancelou viagens previstas para os próximos dias, inclusive uma internacional ao Japão, diante do agravamento dos protestos em todo o país. Nesta manhã, Dilma marcou reunião de emergência com diversos ministros para tratar do assunto.
(Por Silvio Cascione)
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