"É impressionante que certos analistas políticos vibrem com a
pancadaria contra bandeiras partidárias, mas não apresentem uma só
restrição às ações neonazistas. Impressiona, mas não surpreende: eles
apoiaram a ditadura, a intolerância está em seu DNA."
"Essa mesma ditadura sofreu uma derrota dura com a formação da CUT,
em 1983. As outras centrais sindicais são igualmente legais e
legítimas, simpatizemos ou não com elas. Em 1979, o operário Santo Dias
foi assassinado com um tiro da polícia. É a memória de gente como ele
que é insultada quando fascistoides proíbem os sindicalistas de se
manifestar. Como no Rio, rasgando seus panfletos."
"(...) Esqueceram que na Campanha das Diretas (1984) e no Fora, Collor
(92) as bandeiras tremulavam nos comícios? Nos palanques, uniam-se
dirigentes de partidos para todos os gostos e muita gente que não ia com
a cara deles, mas estava unida para melhorar o Brasil."
"Não deixa de ser curioso: quem protesta contra algumas covardias
policiais agride covardemente quem não concorda com suas ideias. A
faixa “Meu partido é meu país” é tão legítima como a do partidinho mais
mequetrefe. Todos têm direito de se manifestar."
Mário Magalhães- 21/06/2013
( Para seguir o blog no Twitter: @mariomagalhaes_ )
Como observado segunda-feira na passeata dos mais de 100 mil, os protestos populares em curso constituem terreno de ferrenha disputa política entre os próprios manifestantes (leia reportagem aqui). O confronto degringolou ontem, na despedida do outono. No país inteiro, militantes portando bandeiras, estandartes e símbolos de partidos políticos, centrais sindicais, entidades estudantis e movimentos sociais foram escorraçados por uma turba intolerante.
Em São Paulo, os principais executores dessa modalidade de repressão política foram os skinheads, os “carecas” neonazistas. Botaram para correr quem vestia camisa vermelha, rasgaram bandeiras de agremiações e arrancaram faixa do movimento negro. São racistas e homofóbicos. No Rio, essa turma agride, fere e mata gays.
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