sexta-feira, 21 de junho de 2013

O GOLPE EM CURSO

A direita argentina, a esquerda brasileira e o apoio a Cuba


por Raul Longo [Também colaborador desta nossa Agência Assaz Atroz]

Pelas esquinas e entre algumas correspondências da internet venho ouvindo rumores de golpe em curso.

(...)

‹‹A expansão dos Estados Unidos sobre o continente americano, desde o Ártico até a América do Sul, é o destino de nossa raça››


Portanto, sem medo e sem susto parti para Foz do Iguaçu, convidado pelos companheiros da Associação José Martí a participar da XXI Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba.

Bons companheiros, agradável viagem e talvez tenha até me lembrado de outras semelhantes, ainda na adolescência, quando se preenchia as horas de estradas cantando bobagens como: “O Brasil vai lançar foguete/ Cuba também vai lançar/ Cuba lança! Cuba lança! Quero ver Cuba lançar!”


Bobagem de garoto, mas então a marchinha me dava uma sensação de identificação à luta pela autonomia do povo cubano. Os anos passaram e, contrariamente, desde 1964 nos tornamos ainda mais subjugados.

(...)

Pelo que comentam os brasileiros que visitam Buenos Aires ou amigos argentinos que me visitam, me é bastante perceptível a consciência da esquerda daquele país e a consistência do apoio aos inegáveis avanços políticos sociais do continente na última década. Já o apoio a Cuba pela esquerda brasileira me pareceu dúbio, pois a maioria dos que se inscreveram para comentários às exposições dos especialistas cubanos mais evocaram seus feitos depondo contra o atual governo do Brasil, do que sugeriram alguma ação que pudesse elevar a compreensão de nosso povo sobre as realidades ali demonstradas.

Um culpou o governo Dilma Rousseff por se aliar aos Estados Unidos no bloqueio à Ilha Caribenha. Por pouco não exigiu uma declaração de guerra, mas pretende imediato rompimento de relações com o ainda ontem maior parceiro comercial do Brasil que hoje ocupa a segunda posição, atrás da China.

Outra, apresentando-se como representante de movimento internacional de esquerda, acusou nossa Presidenta por não aceitar a vinda dos médicos cubanos. Depois de a lembrarem ser o governo Dilma quem os requer e o Conselho Federal de Medicina quem desaprova, decidiu por si que se Dilma realmente pretendesse a atuação dos médicos de Cuba junto às comunidades não atendidas pelos formados no Brasil, nada a impediria.

Mais uma “brilhante” dedução foi a da ativista que recriminou a permissão do governo brasileiro à vinda de Yoani Sánchez, exultando-se pela participação nos manifestos que da Bahia transformaram a agora já esquecida agente da CIA em vedete da mídia nacional por mais de uma semana.

[AA: Quem conta com uma esquerda dessas não precisa de golpistas de extrema direita]

(Clique no título e leia artigo-relatório completo no blog da redecastorphoto)

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