sábado, 8 de junho de 2013

Obama, cada vez mais parecido com Bush


Obama reage na quarta-feira 5, durante ato em que nomeou Samantha Power como embaixadora dos EUA na ONU e Susan Rice como Conselheira de Segurança Nacional

 Jornal revela que, como ocorria na administração Bush, o governo Obama também espiona sua própria população. Por José Antonio Lima
José Antonio Lima, CartaCapital
No último dia 23, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um discurso em Washington no qual defendeu as políticas contraterrorismo de seu governo. Na metade da fala, Obama comentou o desafio de lidar com ameaças internas por conta do “orgulhoso compromisso com liberdades civis” para todos que moram nos EUA. Disse Obama: “É por isso que, nos próximos anos, vamos trabalhar duro para obter o equilíbrio apropriado entre nossa necessidade por segurança e a preservação das liberdades que nos fazem quem somos”. Está claro que o equilíbrio, cada vez mais, pende para o lado da segurança.

Na quinta-feira 6, uma reportagem publicada pelo jornal britânico The Guardian revelou que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) tem monitorado as ligações de milhões de clientes da operadora telefônica Verizon. Segundo o jornal, um tribunal sigiloso, a Corte de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa, na sigla em inglês), obrigou a companhia a fornecer ao FBI (a polícia federal dos EUA), informações "constantes e diárias" sobre ligações feitas dentro dos EUA e também para o exterior. Fazem parte dos dados as chamadas metadatas – números dos telefones envolvidos, o tempo e o horário das ligações e a localização das chamadas. O conteúdo das conversas não é gravado.

A autorização concedida pela corte secreta ao FBI data de 25 de abril, uma semana depois do atentado na Maratona de Boston. A decisão é válida até 19 de julho e, de acordo com o Guardian, não há confirmação sobre ordens semelhantes referentes a outras operadoras de telefonia.
Um funcionário da administração Obama defendeu, de forma anônima, o pedido do FBI e a decisão da Fisa. Em entrevista ao site Politico, afirmou que informações como as metadatas “são uma ferramenta fundamental para proteger a nação de ameaças terroristas nos EUA, pois permitem ao pessoal de contraterrorismo descobrir se um suspeito ou conhecido terrorista está em contato com outras pessoas”.
Artigo Completo, ::AQUI::


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