O Paulo Henrique Amorim
já mostrou que FHC, quando lhe interessava, defendeu a ideia de uma
Constituinte exclusiva, que agora ataca, porque proposta por Dilma.
A Veja, como você pode ver aí em cima, não achava uma má ideia o que agora chama de oportunismo.
Merval Pereira confessa que a Constituinte exclusiva “sempre pareceu a
muitos – a mim inclusive – ser uma saída para a efetivação de uma
reforma que, de outra forma, jamais sairá de um Congresso em que o
consenso é impossível para atender a todos os interesses instalados”.
Mas desdiz tudo tudo por causa dos “maus exemplos”:” toda essa teoria
fica anulada pelas experiências na América Latina, onde vários governos
autoritários utilizaram a Constituinte para aumentar o poder do
Executivo, como ocorreu na Venezuela de Chávez, na Bolívia de Evo
Morales, no Equador de Correa”.
Ou seja, a reforma só é boa se o Governo for de direita.
O resumo da ópera, porém, é que a oposição conservadora não tem a menor
ideia do que fazer, senão apostar num impasse no Judiciário.
A questão central é a da soberania popular e essa terá de ser
claramente apontada: o povo pode decidir mudar estruturas e regras de
sua representação ou é prisioneiro da vontade – ou da não-vontade – de
fazê-lo de seus representantes?
Fernando BritoNo Tijolaço
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