Em entrevista coletiva agora a pouco, o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin anunciou que os aumentos concedidos para metrô e trens
serão revogados, já o prefeito da Capital paulista, Fernando Haddad
anunciou a suspensão do aumento dos ônibus, que voltam a custar R$ 3,00.
Simultaneamente e num discurso que deixou claro ter sido fruto de uma
conversa prévia entre os governantes, o prefeito do Rio, Eduardo Paes,
anunciou que os ônibus no Rio de Janeiro voltam a custar R$ 2,75.
O tesouro, num primeiro momento, deverá bancar os custos dessa
redução, até que propostas de desoneração dos transportes e revisão das
planilhas de custo sejam revistas.
O governo do Estado do Rio de Janeiro (Sérgio Cabral) também acaba de
REDUZIR O PREÇO DOS TRENS E DO METRÔ e dá mesma forma o preço das
BARCAS, que tem a tarifa mais elevada e absurda entre os transportes
públicos no Estado do Rio de Janeiro.
Os governantes dão uma demonstração de sensibilidade e
responsabilidade diante do momento delicado, principalmente por terem
reiterado que estão abertos à negociação com a população através dos
canais competentes e de seus representantes.
REVISÃO DE MARGEM DE LUCRO E GARANTIA DE QUALIDADE
Reduzir apenas o preço, ou, retornar ao que era cobrado
anteriormente, por si só, não resolve o problema do transporte público. É
preciso ir além, revendo planilhas de custos, reduzindo a margem de
lucro desses cartéis que controlam os transportes e principalmente
cobrar deles investimentos na segurança e conforto do sistema. Os
transportes são caros e certamente, sem ter que sacrificar o
investimento público em outras prioridades ele pode sim ter seu custo
reduzido. Para um primeiro momento, porém, a anunciada redução é uma
VITÓRIA DO BOM SENSO, com os governantes colocando acima de diferenças
partidárias, os anseios e as solicitações legítimas da população.
O PRÓXIMO PASSO
Os movimentos de reivindicação e protesto, estão agora diante da
necessidade de darem eles o passo certo, e aceitarem o aceno das
autoridades constituídas. Muitas são as demandas da sociedade
brasileira, e, lograr êxito em encontrar solução para elas, passa antes
de tudo por saber o momento e a forma, do que cobrar e como cobrar dos
governantes.
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