Maioria dos protestos foi pacífica, mas houve depredações e saques perto da prefeitura de SP
Carta Capital - por Redação — publicado 18/06/2013 23:16, última modificação 19/06/2013 08:56
Após um dia de manifestações amplas e com poucos incidentes, São Paulo voltou a ter atos violentos no centro da cidade na noite de terça-feira 18. Criticada por sua violência e excessos na última semana, a Polícia Militar praticamente não agiu para evitar saques e depredações.
A manifestação começou pacificamente na Praça da Sé no final da
tarde. Posteriormente, a maior parte do grupo majoritário seguiu
pacificamente e chegou à Avenida Paulista. Nela, manifestantes dançavam
ao som de uma banda, gritavam palavras de ordem e seguiram
pacificamente. Além da reivindicação pela redução do preço do
transporte, os ativistas erguem algumas faixas e cartazes contra os
gastos excessivos com as obras da Copa do Mundo, pedindo mais recursos
para a saúde e a educação.
Lá, os manifestantes continham problemas. Quando um grupo tentou subir no topo da cobertura de um ponto de ônibus em frente ao MASP, os manifestantes gritaram: “Desce! Sem vandalismo!”. O grupo se retirou.
Outro grupo seguiu pacificamente para a frente da casa do prefeito Fernando Haddad, onde chegou após as 22 horas e permaneceu entre gritos contra o petista.
O centro da cidade, porém, foi um lugar de confronto. Manifestantes e a Tropa de Choque da Polícia Militar (PM) se encontraram em frente ao prédio da prefeitura de São Paulo. Bombas de gás foram atiradas pela Tropa na direção dos ativistas. Parte dos manifestantes, após tentar invadir, sem sucesso, a sede do Executivo paulistano, ateou fogo em um carro de transmissão da Rede Record e destruiu duas agências bancárias e uma guarita da polícia. Os bombeiros foram acionados e controlaram o incêndio. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, 63 pessoas foram detidas, a maioria por furto.
Um novo ato deve ocorrer na próxima quinta-feira 20 na praça do Ciclista. O Movimento Passe Livre pede a revogação do último aumento nas tarifas, de três reais para três reais e vinte centavos.
Outras cidades
A cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, também foi palco de protestos nesta terça-feira. Segundo o Diário Catarinense, manifestantes protestaram contra a corrupção, a PEC 37 (que limita a atuação do Ministério Público), os gastos nas copas do Mundo e das Confederações e os escassos investimentos em saúde, educação e segurança.
Em Florianópolis, segundo a Polícia Militar local, já são 5 mil os manifestantes. O principal grito de ordem é: "Não é ladainha, essa tarifa está mais cara que a tainha". O protesto está na avenida Mauro Ramos, rumo à Av. Beira-mar Norte.
Com informações da Agência Brasil
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