...OU COM SÉRIOS PROBLEMAS PARA SOBREVIVER.
A definição, segundo o jornal Folha de São Paulo, do caráter do
movimento feita pela empresária Jéssica: "Somos apolíticos", mostra bem a
dificuldade de base do movimento. Parece que eles não sabem a diferença
entre ser apartidário e ser apolítico.
O que São Paulo PRECISA é justamente de POLÍTICAS PÚBLICAS, que
incluam, que gerem oportunidades, que quebrem o isolamento da periferia.
Curioso é ver como o secretário de segurança de São Paulo vai receber
para uma audiência agendada em tempo recorde os organizadores do
movimento recém-criado. Se fosse um grupo de moradores do JARDIM ALGUMA
COISA, lá de onde judas perdeu as botas, quem pedisse uma audiência para
denunciar e protestar sobre as chacinas e execuções de jovens pobres e
negros, (SE ELE OS RECEBESSE), seria rápido assim ?
Talvez o movimento pudesse começar por aí, pela diferença que os
cidadãos e as regiões da cidade, dependendo de seu poder aquisitivo e
status, recebem das autoridades. Quem sabe também tenha chegado a hora
de mudar a forma de "protestar" - todos de branco na Praça da Sé -
Quantas vezes já se viu isso ? Talvez fosse melhor, fazer visita a
asilos / orfanatos, para conhecer a miséria humana como ela é, ou
dividir o grupo e reequipar e limpar algumas escolas. Pensar uma forma
diferente e útil de divulgar o movimento, dar seu recado, aliado a uma
ação prática, cidadã, humana e solidária.
Reflitam ainda, senhoras e senhores do movimento 'JUNTOS PELA VIDA',
na foto que ilustra essa matéria. Ela procede do Jornal Folha de São
Paulo edição online. Onde estão os negros nesse movimento ? Qual a razão
de entre 200 pessoas reunidas para se mobilizar por segurança e Paz,
ser praticamente impossível de se encontrar um só negro na foto, se
justamente eles, os negros, os jovens negros, os filhos dos negros e dos
chamados "pardos", serem as principais vítimas da violência ?
E para finalizar, na audiência com o Secretário de Segurança de São
Paulo, não peçam prioritariamente mais policiamento para suas lojas e
restaurantes, visto que isso não vai resolver nada. Peçam a ele que
trabalhe para reduzir a corrupção na polícia e a tornar a própria
polícia menos violenta. A médio e longo prazo, isso é o que vai ajudar
na conquista da PAZ que vocês pedem e tem direito.
14/06/2013 - 03h00
'Descolados' criam movimento antiviolência em São Paulo
ROBERTO DE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO
Pelo número de voluntários que apareceu ontem na hora do almoço nas
escadarias do Masp, dá para arriscar um palpite: esse grupo parece que
vai fazer barulho.
Cerca de 200 pessoas, que atuam nas mais variadas áreas, foram ao
Museu de Arte de São Paulo prestar solidariedade ao mais recente
movimento da cidade, o "Juntos pela Vida: Acorda Brasil" -é verdade que
tinha muita gente que não sabia exatamente o porquê de estar ali.
Recém-criado, o grupo é a cara de São Paulo. Nasceu cosmopolita e
diversificado em reação à onda de violência que assusta a cidade - e a
classe média paulistana ultimamente, em especial.
Danielle Dahoui, chef do restaurante Ruella (vítima de arrastão no
mês passado, no Itaim), Yael Steiner, diretora do Centro da Cultura
Judaica, e a empresária Jessica Markus formam o "batalhão de frente" do
movimento.
Há ainda apoio de ONGs, como a Fundação Gol de Letra (do ex-craque
Raí) e a Doutores da Alegria (Wellington Nogueira), além de associações,
empresários e representantes de bairros. Reforçam o time nomes como o
do ativista José Júnior, do AfroReggae, reconhecido pelo trabalho de
mediação de conflitos em comunidades do Rio, e o do chef Alex Atala.
As líderes negam que o movimento seja elitista. "Temos que sair dessa
zona de conforto. Não adianta só posar para fotos", avisa Yael, 38.
A segunda manifestação que pretende "acordar" a cidade de São Paulo
tem nome e data: 1ª Passeata Pacífica pela Segurança, na praça da Sé, no
dia 4 de agosto, às 11h, com todos de branco.
O aviso já corre em redes sociais como o Facebook.
Danielle, 44, faz questão de avisar que não se trata de um movimento
de chefs estrelados de São Paulo contra arrastões em restaurantes. "É um
movimento pró-vida. Não dá para ser feliz sozinho."
As líderes dizem que trabalham numa pauta de assuntos urgentes que
afligem a população. Depois de mapear os problemas, "vamos buscar
sugestões que deram certo em outros bairros, cidades e países", explica
Danielle.
Meta ambiciosa, não é mesmo? Yael diz que o primeiro passo, prático,
será dado na próxima quarta-feira, quando as líderes do movimento vão se
reunir com o secretário da Segurança Pública do Estado, Fernando Grella
Vieira -o próprio já se manifestou disposto a atender aos movimentos
sociais.
O encontro "servirá para traçarmos um diagnóstico dos problemas de
segurança e oferecermos colaboração", diz Yael. "Não só os que atingem
os bairros de elite."
As líderes do "Acorda" rechaçam qualquer semelhança com o "Cansei", movimento de vida curta que surgiu e ganhou fama em 2007.
"Somos apolíticos", afirma a empresária Jessica. Diz mais: "Queremos
envolver bairros distantes e classes sociais diferentes, todo paulistano
em prol da paz".
ATENÇÃO - COBERTURA COMPLETA - FOTOS E VÍDEOS SOBRE AS MANIFESTAÇÕES NO RIO E SÃO PAULO CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS DE ÔNIBUS
VÍDEO ESPECIAL - PM QUEBRA A VIATURA EM SÃO PAULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário