JORNAL DO BRASIL SANGROU, ENQUANTO O GLOBO CRESCEU - FAMÍLIA BRITO PERDEU TUDO, FAMÍLIA MARINHO ENRIQUECEU.
Jornal do Brasil
O Jornal do Brasil concorda com todas as manifestações democráticas. O JB foi o único jornal do Rio
atingido pela ditadura por ter permitido a solidariedade jornalística
contra as repressões, os desmandos e a corrupção em alguns segmentos da
ditadura.
Nomes como os de
Antonio Callado, Alberto Dines, Franklin Martins, Fernando Gabeira,
Carlos Lemos, Alceu de Amoroso Lima, Fritz Utzeri, Raul Ryff, Luiz Mario
Gazzaneo, entre outros, deixaram nas páginas do jornal histórias
de combatividade e, por isso mesmo, sofreram com a repressão e a
perseguição da ditadura.
O JB
era censurado sistematicamente por não apoiar o golpe, inclusive
trazendo consequências, como a própria destruição financeira do JB. A
família detentora das ações perdeu tudo, inclusive um prédio
inteiro construído na década de 60. A família Brito teve de licenciar o
Jornal do Brasil sem poder vendê-lo ou transferi-lo societariamente. Não
podia transferir este passivo para qualquer pretendente por ser
responsável por ele.
O JB teve o seu sangramento, mas honrou os princípios democráticos. Hoje,
acompanha esses acontecimentos e vê perplexo alguns questionamentos que
não podem ser de um povo que vem tendo nesses últimos dez anos
alavancagem que tirou 28 milhões de brasileiros da pobreza e levou 36
milhões para a classe média.
Os passageiros de transportes coletivos na sua maioria são
trabalhadores. Quem paga suas passagens são seus empregadores. No
entanto, boa parte dos manifestantes é dos centros urbanos mais ricos do
Rio de Janeiro. Isso nos preocupa pela falta de autenticidade da
miséria, da fome ou do desemprego.
Opinião: Apoio às manifestações democráticas
Segundo dados do Censo 2010, a renda dos moradores dos bairros mais
ricos do Rio de Janeiro é dez vezes maior do que a dos bairros mais
pobres, números que revelam desigualdade social que separa bairros da
Zona Norte e da Zona Sul.
Na Lagoa Rodrigo de Freitas, bairro da Zona Sul, por exemplo, cada
morador tem rendimento médio em torno de R$ 6 mil. Em Acari, na Zona
Norte, a renda per capita é de apenas R$ 389,75.
O JB chama a atenção aos formadores de opinião que no momento em que a
parcela mais pobre da população se manifestar por falta de emprego,
colégio para filhos,
hospitais; quando os sindicatos dos movimentos sociais como MST e
outros agirem em defesa da verdadeira pobreza, pela população que somos,
aí sim, deveremos temer bastante.
Os governos que se sucederam nos últimos três mandatos tiveram e estão tendo todo o cuidado
para que estes que estão perdendo um anel ou dois anéis não venham,
pela realidade de um conflito social grave, perderem tudo, inclusive as
mãos.
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