As manifestações pela redução da tarifa do transporte público vão além
do valor das passagens. Os manifestantes reivindicam também a melhoria
desse mesmo transporte. E é preciso lembrar que o PT sempre defendeu as
bandeiras da luta pela qualidade nesse setor, conquistando, junto com a
população, os principais avanços até agora.
Na cidade de São Paulo, as administrações do PT viabilizaram o Bilhete
Único e a disseminação dos corredores de ônibus, entre outras medidas.
Isso mostra que o transporte é uma prioridade do modo petista de
governar. Mas é claro que esses projetos precisam de aprofundamento
permanente.
O compromisso de melhorar a mobilidade urbana e o transporte público foi
assumido pelo prefeito Fernando Haddad desde a campanha do ano passado.
Haddad está implantando o Bilhete Único Mensal – cujo embrião é o
Bilhete Único lançado na administração de Marta Suplicy –, reduzindo o
custo do transporte para um grande número de moradores da cidade.
Os projetos do prefeito também incluem a construção de mais de 150
quilômetros de corredores de ônibus, o que reduz o tempo de viagem e
aumenta o conforto para os passageiros, e a licitação de 11 novos
terminais.
Também é preciso lembrar que o valor da tarifa não chegou aos R$ 3,20
repentinamente. As duas gestões anteriores abandonaram as políticas de
estímulo ao transporte público, investindo quase exclusivamente no
transporte individual e reajustando as tarifas bem acima da inflação.
Haddad e o governo federal negociaram a desoneração do PIS e do Confins,
com um impacto de R$ 130 milhões para o transporte coletivo. E o
governo do Estado precisa ser cobrado em relação à desoneração do ICMS
do diesel e da eletricidade para o transporte público.
O sistema de transporte público na capital paulista é bancado em 70%
pelo usuário, em 20% pela prefeitura e em 10% pelos empresários, o que
gera um desequilíbrio. O prefeito já disse que está disposto a verificar
se existe lucro exagerado das empresas e discutir o financiamento do
transporte público pelo individual.
Essas e outras medidas vão ao encontro das justas reivindicações da população por um transporte público de qualidade.
Folha carrega nas tintas contra o prefeito de São Paulo
Alckmin e Haddad anunciam redução da tarifa
do transporte em São Paulo
A Folha de S.Paulo está contra a revogação do aumento das tarifas de
transporte público determinada pelo prefeito de São Paulo, Fernando
Haddad (PT), o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), e já por
mais de uma dezena de prefeitos em capitais e grandes cidades do país.
Mas concentra sua desaprovação só na decisão tomada pelo prefeito
paulistano.
O jornal centra sua ira no prefeito Haddad, que é do PT, não só
noticiando a redução da tarifa em São Paulo, mas editorializando todos
os títulos e textos a respeito, além de publicar uma série de textos de
seus articulistas contra a decisão. Faz isso claramente na edição de
hoje. Mas não critica diretamente nem deixa mal Alckmin, nem o prefeito
do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e o governador fluminense, Sérgio Cabral
(PMDB), - para ficar em três casos -, que também reduziram as tarifas.
No final da principal matéria a respeito - publicada com o título "Sem
ajuda federal, Haddad recua e sofre derrota política" -, o jornal
critica Alckmin, mas sem chamar isso na manchete. Aliás, nem o ataca
diretamente, diz que os tucanos o criticaram. No mais, todo o material
publicado é um editorial contra o prefeito Haddad.
Independentemente do que seja fato ou não nas críticas da Folha,
procedente ou não, o fato é que a chamada e a linha do noticiário são só
políticas.
(Foto: Fernando Pereira/SECOM Prefeitura de São Paulo)
Postado há 14 minutes ago por Blog Justiceira de Esquerda
Do Blog Justiceira de Esquerda.
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