“As "lindas" manifestações de
rua, que emparedavam o governo Dilma, já não são mais tão belas; pelo menos, na
visão dos meios de comunicação, que, até ontem, as incensavam; Estadão, de
Francisco Mesquita Neto, condena a "demofilia" dos governantes;
Globo, de João Roberto Marinho, teme que o PT se aproprie da agenda das ruas;
Folha, de Otávio Frias Filho, fala em populismo e seus colunistas já reclamam
do trânsito; Valor Econômico, associação entre Globo e Folha, diz que o pacote
de bondades já custa R$ 115 bilhões por ano; enquanto isso, a presidente Dilma
diz que seu governo "vai disputar a voz das ruas"
A mídia brasileira se cansou do povo. E as manifestações de rua, que até ontem eram lindas expressões democráticas, uma vez que emparedavam o governo Dilma, hoje são um transtorno à população, um custo para a economia e um risco à democracia.
É o que se depreende da leitura de grandes jornais. O Estadão, por exemplo, condena o excesso de "demofilia" dos governantes. "Na ânsia de reverenciar o povo, os poderes federais competem, às cotoveladas, para fazer da noite para o dia o que a rua subitamente se pôs a cobrar com veemência nos quatro cantos do País em mobilizações que surpreenderam cobradores e cobrados pela amplitude e difusão", diz o editorial do jornal comandado por Francisco Mesquita Neto (leia mais aqui).
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