domingo, 2 de junho de 2013

Revista Época expõe a tragédia da classe média

 
O DRAMA DE QUEM GANHA 8 MIL REAIS POR MÊS
 
Weden Alves

Não tá fácil pra ninguém. Não tá fácil aguentar este tipo de matéria, digo. Época chora as pitangas da classe B. Vamos a um trecho, com meus comentários insensíveis e trogloditas.
"O mineiro Alan dos Santos Alencar, de 43 anos, responsável pela área de tecnologia de uma revenda da Volvo e professor universitário, teve de promover um ajuste dramático em suas contas para não ficar no vermelho (VAMOS LOGO AOS DRAMAS!). Depois de analisar em detalhes as despesas com sua mulher, Diane, de 42 anos, e a filha Laura, de 15 anos, ele se deu conta de que os gastos com restaurantes, cinemas e saídas à noite estavam pesados demais (SIM, A VIDA É UMA MERDA!).

Com uma renda familiar de R$ 8 mil, teve de adotar um remédio amargo, mas inevitável: cortar gastos (DE CORTAR O CORAÇÃO!). As idas semanais a restaurantes foram substituídas por refeições em praças de alimentação de shoppings (CRUZES...VAI ENCONTRAR A CLASSE C?). O cinema foi trocado por um serviço que oferece filmes e séries de TV pela internet (ASSISTA AO GIRLS, É MANEIRO).

A viagem de férias da família ao exterior ficou para depois (COMPLICADO, NÃO?). Agora, Alencar diz que, antes de fazer qualquer compra expressiva, ele e Diane avaliam se o gasto é prioritário – e como impactará as contas e os projetos familiares no longo prazo (ISSO É TRISTE, VIU. PLANEJAR É REALMENTE TRISTE).

Sua filha passou a ter uma mesada de R$ 500 para cobrir suas despesas do dia a dia (DE MESADA? DÁ PRA NADA!). “É uma maneira de ela aprender a administrar o próprio dinheiro – e de a gente controlar melhor os gastos”, afirma. “Descobri que ter uma adolescente em casa muda muito as contas de uma família.” (POIS É...DAQUI A POUCO ELA CRESCE).

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Do Blog O Esquerdopata.

3 comentários:

Unknown disse...

Na descrição do blogueiro faltou a menção "Petista de raiz e carteirinha". Aliás, esta é a única explicação pra tamanha chacota e ironia com uma situação que, me perdoe, é sim muito séria.

Exageros à parte em relação às necessidades da família citada na matéria, há 11 anos a classe média deste país é esmagada em prol dos menos favorecidos. Enquanto política pública e, principalmente, populista, é uma maravilha, mas enquanto país capitalista que supostamente embasa sua filosofia na meritocracia, é uma bela porcaria.

Enquanto banqueiros e mega empresários enchem as burras de dinheiro com incentivos fiscais que parecem infindáveis, é a classe média que precisa se desdobrar em quatro para pagar as contas dos programas assistencialistas governamentais, o rombo da previdência (vide cobrança dos 11% de funcionários públicos inativos) e tantas outras mazelas deste país que, aparentemente, são sempre jogadas de presente no colo da classe média.

Então repito e reitero: exageros à parte a sua ironia chega a ser um despautério face à situação vivida no Brasil que, para nós, a classe média, está sim MUITO ruim.

Unknown disse...

Na descrição do blogueiro faltou a menção "Petista de raiz e carteirinha". Aliás, esta é a única explicação pra tamanha chacota e ironia com uma situação que, me perdoe, é sim muito séria.

Exageros à parte em relação às necessidades da família citada na matéria, há 11 anos a classe média deste país é esmagada em prol dos menos favorecidos. Enquanto política pública e, principalmente, populista, é uma maravilha, mas enquanto país capitalista que supostamente embasa sua filosofia na meritocracia, é uma bela porcaria.

Enquanto banqueiros e mega empresários enchem as burras de dinheiro com incentivos fiscais que parecem infindáveis, é a classe média que precisa se desdobrar em quatro para pagar as contas dos programas assistencialistas governamentais, o rombo da previdência (vide cobrança dos 11% de funcionários públicos inativos) e tantas outras mazelas deste país que, aparentemente, são sempre jogadas de presente no colo da classe média.

Então repito e reitero: exageros à parte a sua ironia chega a ser um despautério face à situação vivida no Brasil que, para nós, a classe média, está sim MUITO ruim.

Fabrício Godoi disse...

O amigo Félix se esquece que se está mal pra classe média tradicional, está muito pior para a classe média baixa ou emergente e pra classe pobre. Grande parte da carga tributária brasileira vem dos impostos por consumo, ou seja, todos pagam igualmente. Se vc compra uma lata de molho de tomate, vai pagar o mesmo tanto de imposto que o rico e o pobre. E não vejo pobres reclamando de pagar impostos. A classe média erra, SEMPRE, ao se associar à classe rica, na tentativa de manter no poder as elites tradicionais. Se o governo atual é ruim (até concordo), a proposta da classe média é ainda pior (PSDB ou as coisas estranhas tipo Marina e Collor). Se a tão sofrida classe média realmente se sensibilizasse com o povo e se unisse a ele para combater o poder estabelecido, as coisas seriam muito melhores. Vocês não tem muito a perder. Os ricos, esses sim.