Depois de atirar alimentos em Dilma no lobby do tomate, revista de João
Roberto Marinho ataca a “inflação de serviços”, que reverteria a conta
dos erros do governo para o público A/B; “O desenvolvimento nos últimos
dez anos não contemplou a classe média tradicional, que está espremida,
nervosa”, aponta no texto o economista Waldir Quadros, professor da
Universidade de Campinas (Unicamp).
Na semana em que o Banco Central elevou a taxa de juros ao patamar de 8%
e, assim, esfriou os estímulos de crescimento do governo ao encarecer
custo do dinheiro para combater inflação, a revista Época alarma a
classe média.
A publicação de João Roberto Marinho diz que a massa A/B, formada por
21,5 milhões de pessoas, o equivalente a 11,2% da população brasileira,
está pagando pelos erros do governo. “O desenvolvimento nos últimos dez
anos não contemplou a classe média tradicional”, disse no texto o
economista Waldir Quadros, professor da Universidade de Campinas
(Unicamp). “A classe média está espremida, nervosa.”
Leia trechos:
A classe média tradicional ainda representa cerca de um quarto do
consumo nacional, de acordo com a Nielsen, uma empresa de pesquisa e
análise de mercado – uma fatia estimada em cerca de R$ 800 bilhões por
ano, equivalente a 35 vezes o custo do Bolsa Família para o governo em
2013.
Ao contrário do que ocorre com as faixas de renda mais baixa, o
responsável pela alta no custo de vida dessa faixa da população não é a
inflação do tomate ou de outros alimentos. O que mexe com o bolso da
classe A/B é um fenômeno chamado pelos economistas de “inflação de
serviços.
Essa inflação dos serviços não se reflete plenamente nos principais
indicadores de inflação do país. No IPCA, o índice oficial, calculado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os serviços
representam apenas 20% do total, embora alcancem 60% ou até 70% dos
gastos familiares nas faixas de renda mais alta, segundo Renato
Meirelles, diretor do Instituto Data Popular.
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