(Reprodução /
Facebook)
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“Em sua página pessoal no Facebook, Rogério
Zagallo afirmou que se a tropa de choque matasse manifestantes do Movimento
Passe Livre, ele arquivaria o inquérito
O promotor de Justiça Rogério Zagallo, que
publicou uma
mensagem na sua página do Facebook incitando a violência da Polícia Militar
contra os manifestantes do Movimento Passe Livre, não dará mais aulas na
Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde ministrava aulas de Direito Penal
desde 2006. O próprio professor comunicou seu desligamento da instituição de
ensino aos alunos. Segundo ele, a universidade optou por não renovar seu
contrato para o segundo semestre.
Na última quinta-feira, 6, Zagallo declarou
na sua página pessoal do Facebook que se a tropa de choque matasse os
manifestantes, ele arquivaria o inquérito policial.
Após a sua declaração ganhar enorme repercussão, o
promotor excluiu sua postagem e publicou um pedido de
desculpas. Uma das reações contrárias às declarações de Zagallo
partiu da própria universidade onde lecionava. Na última segunda-feira, 10, o
Centro Acadêmico de Direito do Mackenzie divulgou uma nota
condenando a atitude do promotor.
“As manifestações do Sr. Zagallo, que não são as
primeiras no mesmo sentido, demonstram a incapacidade na compreensão da
realidade político-social do nosso país, o que, de longe, não pode e não é
aceito pela comunidade acadêmica mackenzista. Muito nos entristece que a nossa
Faculdade ainda seja frequentada por posicionamentos limitados e
injustificáveis para quem exerce a nobre função de professor”, diz a nota.
Sobre o comentário do promotor sobre a manifestação do
Movimento Passe Livre, a Universidade Mackenzie informou que mantém posição
contrária a qualquer ação que incite à violência e desrespeite a liberdade. No
entanto, a universidade afirma que a demissão de Zagallo ter acontecido neste
momento foi uma “coincidência”. De acordo com a instituição de ensino, o
desligamento foi fruto de uma “realocação de professores” no fim do semestre e
que a demissão foi assinada dois dias antes dos comentários do promotor no
Facebook.”
Com informações do jornal O Estado de S.Paulo.
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