sábado, 15 de junho de 2013

Haddad abre diálogo; Alckmin rosna!



Altamiro Borges, Blog do Miro

 “Antes tarde do que nunca! A prefeitura de São Paulo divulgou nota oficial nesta sexta-feira (14) propondo a imediata abertura de diálogo com o Movimento Passe Livre (MPL), que lidera os seguidos protestos contra o aumento das tarifas do transporte público na capital paulista. Desta forma, o prefeito petista Fernando Haddad retoma a sua trajetória democrática, de respeito aos movimentos sociais. Bem diferente é a conduta do governador tucano Geraldo Alckmin, que em várias entrevistas elogiou a postura truculenta da PM contra os manifestantes e garantiu que não abrirá negociações sobre o tema.

A nota da prefeitura é explícita na busca de soluções para o conflito instalado:

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Prefeitura convida MPL para apresentar propostas para o Conselho de Cidade

A Prefeitura de São Paulo irá convocar uma reunião extraordinária do Conselho da Cidade na próxima terça (18) para discutir o transporte público em São Paulo. Por determinação do prefeito Fernando Haddad, o MPL (Movimento Passe Livre) será convidado para fazer uma apresentação diante dos conselheiros para explicar suas propostas e visões para o setor.

A administração municipal também irá apresentar detalhes sobre a composição de preço da tarifa de ônibus, a evolução da despesa orçamentária com o subsídio e os planos para a melhoria na qualidade do sistema. Depois das duas apresentações, o debate será aberto para a participação dos conselheiros e sugestões de encaminhamento.

O Conselho da Cidade foi instalado no dia 26 de março para servir como um novo canal de diálogo com a sociedade. É um órgão consultivo, formado por representantes dos movimentos sociais, entidades de classe, empresários, cientistas e pesquisadores, artistas e lideranças religiosas. Os conselheiros têm quatro reuniões ordinárias por ano, para discutir assuntos da cidade.


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Antes mesmo da divulgação da nota, Fernando Haddad já havia feito críticas à ação truculenta da PM – que deixou vários feridos e resultou na prisão de centenas de ativistas. Com esta atitude, o prefeito se diferenciou do governador, que mantém o discurso de defesa da brutal repressão. “A polícia está trabalhando. Se houve excesso pontual, será apurado”, insistiu o tucano em entrevista hoje após uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes. Ele também disse que não reconhece a legitimidade do MPL e reafirmou que não abrirá negociações com os líderes do protesto.
Alckmin não nega a sua trajetória direitista e a sua aversão aos movimentos sociais!”


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