Risco de racionamento de energia é seis vezes menor que em 2001, diz ministério
06/05/2014 -
Rio de Janeiro
Vinícius Lisboa-Repórter da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante
Atualmente o sistema elétrico é equilibrado, disse o secretário
executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann Marcello
Casal Agência Brasil
O risco de racionamento de energia elétrica no Brasil é seis vezes
menor do que em 2001, afirmou hoje (6) o secretário executivo do
Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. Representando o
ministério no Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico, que
começou hoje (6) no Rio, Zimmermann afirmou que não há necessidade de
medida adicional para garantir o fornecimento diante dos baixos níveis
dos reservatórios.
"O sistema na época estava desequilibrado. Hoje, ele é equilibrado e
qualquer um pode observar [na comparação da série histórica] que os
riscos chegavam a ser seis vezes maiores do que são agora", disse o
ministro, ao acrescentar que amanhã, na reunião do Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico, serão divulgados mais detalhes sobre os
riscos de déficit no sistema elétrico, após o fim do período chuvoso.
Saiba Mais
Zimmermann antecipou que o risco de déficit na série histórica em
maio deste ano está em 3,7%, enquanto em 2001 a possibilidade chegou a
24,7%. Na série sintética, o risco está em 6,7%, enquanto em 2001 os
dados indicavam 18,7%.
No Nordeste, onde o risco em maio de 2001 chegou a 44,4% na série
histórica, o valor atual é zero. Na série sintética, a diferença é
semelhante, de 44% para 1,9%.
Para 2015, Zimmermann afirma que também não há necessidade de medidas
diferentes: "pelos dados de maio, também não está caracterizada nenhuma
situação além do alerta atual".
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim,
fez uma avaliação parecida com a de Zimmermann, ao mencionar que o
aumento da capacidade instalada e a diversificação da matriz energética
contribuem para o menor risco, apesar da situação climática semelhante.
"Temos uma situação estrutural totalmente distinta de 2001", disse o
presidente, que destacou ainda a capacidade das linhas de transmissão,
que dobrou: "Em 2001, sobrou energia no Sul, mas não havia capacidade de
transmiti-la para o Sudeste. Aumentou-se enormemente a capacidade de
intercâmbio entre as regiões."
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