terça-feira, 12 de agosto de 2014

Presidente de Israel pede desculpas a Dilma


"O presidente recém-eleito de Israel, Reuven Rivlin, tentou consertar o estrago causado nas relações com o Brasil, depois que um porta-voz da chancelaria israelense classificou o País como "anão diplomático"; num telefonema nesta segunda-feira, ele esclareceu que as expressões usadas por esse funcionário "não correspondem aos sentimentos da população de seu país em relação ao Brasil"; Rivlin justificou os ataques a Gaza como autodefesa, mas a presidente Dilma voltou a condenar a desproporcionalidade dos bombardeios ordenados pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu; leia nota do Planalto

Brasil 247

O governo de Israel tentou, nesta segunda-feira, consertar o estrago causado por um porta-voz da chancelaria que classificou o País como "anão diplomático". Nesta segunda-feira, o presidente recém-eleito Reuven Rivlin telefonou para a presidente Dilma Rousseff e pediu desculpas pela grosseria. Leia, abaixo, nota do Planalto:
 
Nota à imprensa

Presidente de Israel chama por telefone Presidenta Dilma Rousseff

A Presidenta Dilma Rousseff recebeu hoje chamada telefônica do recém-eleito Presidente de Israel, Reuven Rivlin.

Na conversa dos dois mandatários, o Chefe de Estado israelense apresentou desculpas pelas recentes declarações do porta-voz de sua Chancelaria em relação ao Brasil. Esclareceu que as expressões usadas por esse funcionário não correspondem aos sentimentos da população de seu país em relação ao Brasil. A Presidenta fez referência aos laços históricos que unem os dois países há várias décadas.

Na conversação dos dois dirigentes foi evocada a grave situação atual da Faixa de Gaza. O mandatário israelense afirmou que o país estava defendendo-se dos ataques com mísseis que seu território vinha sofrendo.

A presidenta Dilma afirmou que o governo brasileiro condenara e condena ataques a Israel, mas que condena, igualmente, o uso desproporcional da força em Gaza, que levou à morte centenas de civis, especialmente mulheres e crianças. Reiterou a posição histórica do Brasil em todos os foros internacionais de defesa da coexistência entre Israel e Palestina, como dois Estados soberanos, viáveis economicamente e, sobretudo, seguros.

Manifestando sua esperança de que a continuidade do cessar-fogo e as negociações atuais entre as partes possam contribuir para uma solução definitiva de paz na região, a Presidenta do Brasil enfatizou que a crise atual não poderá servir de pretexto para qualquer manifestação de caráter racista, seja em relação aos israelenses, seja em relação aos palestinos."

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