"A união com Eduardo Campos quase nada agregou ao então candidato do PSB
Tereza Cruvinel, Blog: Tereza Cruvinel
Embora vá cozinhar o anúncio até quinta-feira, Marina
Silva está decidida a apoiar Aécio Neves. Segundo fontes do PSB, ela
tem avaliado que o apoio a Dilma é impossível, pois seus próprios
eleitores não a perdoariam, e que a neutralidade também a desgastaria
muito junto a uma parte importante de sua base política. Apoiar Aécio
será a opção de menor custo político, embora vá também descontentar a
ala esquerda de seu eleitorado. Será um trunfo importante para o
tucano, que já ganhou o apoio do PPS e colherá o do PSB, embora
rachado: a secção do Rio, liderada pelo ex-deputado Vivaldo Barbosa,
já avisou que ficará com Dilma. A repercussão positiva de um fato
político traz ganhos eleitorais, sem dúvida, mas outra coisa é a
capacidade de transferir votos, um atributo que nem todos os políticos
têm. Marina, até aqui, não demostrou possui-lo. Na história recente,
ninguém superou Leonel Brizola neste especialidade. Ela transferiu para
Lula praticamente todo a sua votação no primeiro turno de 1989.
Nem por isso, o arco de apoios que Aécio vem recolhendo deixa de ter sua importância: a repercussão é positiva e aponta para a união de todas as forças que desejam tirar o PT do poder. O próprio eleitor, desta vez, pode ser mais receptivo ao pedido dela, embora todo mundo saiba que parte do eleitorado de Marina, frustrada com os governos do PT, acabará refluindo para Dilma. Aliás, o xis desta disputa está na porcentagem de votos marinistas que irá para cada um dos concorrentes no segundo turno.'
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