Mais
uma prova da farsa provocada pela PM ontem: a munição utilizada pela
corporação para reprimir a manifestação e intimidar a imprensa.
Na
foto, dois exemplos de munição menos que letal antidistúrbio que são
compradas pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para a PM. A
da esquerda é a antimotim, indicada para distúrbios à curta distância.
Ou seja, até 5 metros, ideal para a situação ocorrida lá pelo fato dela
apenas servir para provocar barulho e ter índice baixíssimo de
letalidade. É muito usual em presídios e confrontos sem espaço de
manobra, como estádios de futebol.
A
corporação, no entanto, usou a da direita, para disparos a partir de
longas distâncias. A menos de 50 metros, tem a mesma energia de uma
munição ponto 22 letal para pistola. Em nenhuma foto divulgada ou
publicada os policiais estão a mais de 50 metros, além de estarem
apontando justamente para regiões vitais. O impacto delas (cabeça, peito
e traqueia) pode matar.
Os
camaradas do MPL e da imprensa deram sorte de estarem vivos. Só para
comparação, o Choque costuma usar essa munição, mas geralmente apontando
para as pernas e nádegas, já que a bala perde força em trajetória de
descenso. Em linha reta, à curta distância, é mais perigosa que um
revólver calibre 32. Mais informações aqui e aqui.
Rafael Ribeiro
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