Dentro
da maior favela do Brasil, a Rocinha, presidente fala em "terrorismo
informativo" como ação inaceitável; "Críticas todos têm de aceitar, mas
terrorismo não"; com endereço certo à mídia tradicional, Dilma
Rousseff atacou "estardalhaço"; "Aqueles que acham que vamos cair no
conto do vigário podem esperar sentados"; ela citou a alta taxa de
emprego para justificar política econômica; "Vocês se lembram como era
antes?", perguntou; presidente anunciou R$ 2,66 bilhões em
investimentos para Rocinha, Lins e Jacarezinho
Os
críticos da situação econômica do País voltaram a ser alvo da
presidente Dilma Rousseff, que nesta sexta-feira 14 anunciou R$ 2,66
bilhões em investimentos nas comunidades da Rocinha e nos complexos do
Lins e do Jacarezinho, no Rio de Janeiro. A presidente defendeu que o
Brasil é hoje "um dos países mais sólidos do mundo" e, mesmo em meio à
crise internacional, tem a menor taxa de desemprego.
"Vocês
lembram como era antes? Tínhamos uma taxa alta, enquanto Europa e
Estados Unidos tinham uma baixa", disse a presidente. "E eles vêm dizer
que o Brasil é um país em situação difícil. Interessa a eles criar essa
ideia", criticou. Segundo Dilma, não são muitas as "pessoas que não
acreditam em nada e torcem pra dar errado", mas foram elas que disseram
que o governo não conseguiria "fazer nada aqui na Rocinha".
Em
resposta a uma série de críticas sobre sua gestão econômica, Dilma
Rousseff afirmou que temos "uma das melhores relações entre dívida
líquida e PIB" e que "somos muito preocupados em não gastar mais do que
temos, somos sérios em relação à política fiscal". Quanto à inflação,
mais uma vez garantiu, como em discurso feito na última quarta-feira, em
Brasília: "Nós jamais deixaremos que a inflação volte a esse País. Hoje
ela está sob controle, ontem estava sob controle, e continuará sob
controle".
Em seguida, a
presidente fez um apelo à população. "Por isso peço a vocês que não deem
ouvidos a esses que jogam no 'quanto pior, melhor'. Críticas todos têm
que aceitar, mas terrorismo não. Fazer estardalhaço, terrorismo informativo sobre a situação do Brasil, não".
Segundo ela, os críticos são os mesmos que anunciaram que haveria falta
de energia no País, no início do ano. Dilma disse ainda que "vamos
continuar fazendo com que o Brasil cresça de forma sustentável", e que
"aqueles que acham que cairemos no conto do vigário, podem esperar
sentados".
A presidente afirmou
que o governo não irá diminuir os investimentos que beneficiam o povo
brasileiro, e que há recursos suficientes para manter investimentos e
gastos sociais. "O bolo no tamanho do Brasil só cresce se ele for também
distribuído", concluiu. No Rio de Janeiro, a presidente anunciou R$
2,66 bilhões para intervenções nas comunidades da Rocinha e nos
complexos do Lins e do Jacarezinho.
Cabral
Durante
seu discurso, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB),
reforçou seu apoio à presidente Dilma, depois de especulações sobre a
hipótese de ele romper com o governo. "Tentam nos dividir, mas não vão
conseguir nos dividir, presidenta", gritou o peemedebista. "Esse amor é
um amor para uma parceria e para o bem do povo do Rio", finalizou, sob
os gritos de "um, dois, três, Dilma outra vez".
Pessimistas, jornais criticam discurso do Velho do Restelo
Estadão,
Folha, Globo e Zero Hora não se consideram comparáveis ao personagem
de Luís de Camões, que dizia que nada poderia dar certo nas navegações
de Portugal; em vários editoriais, eles afirmam haver razões para o
pessimismo
No 247
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