sábado, 15 de junho de 2013

Dilma: "Não deem ouvidos ao 'quanto pior, melhor'"

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Dentro da maior favela do Brasil, a Rocinha, presidente fala em "terrorismo informativo" como ação inaceitável; "Críticas todos têm de aceitar, mas terrorismo não"; com endereço certo à mídia tradicional, Dilma Rousseff atacou "estardalhaço"; "Aqueles que acham que vamos cair no conto do vigário podem esperar sentados"; ela citou a alta taxa de emprego para justificar política econômica; "Vocês se lembram como era antes?", perguntou; presidente anunciou R$ 2,66 bilhões em investimentos para Rocinha, Lins e Jacarezinho
Os críticos da situação econômica do País voltaram a ser alvo da presidente Dilma Rousseff, que nesta sexta-feira 14 anunciou R$ 2,66 bilhões em investimentos nas comunidades da Rocinha e nos complexos do Lins e do Jacarezinho, no Rio de Janeiro. A presidente defendeu que o Brasil é hoje "um dos países mais sólidos do mundo" e, mesmo em meio à crise internacional, tem a menor taxa de desemprego.
"Vocês lembram como era antes? Tínhamos uma taxa alta, enquanto Europa e Estados Unidos tinham uma baixa", disse a presidente. "E eles vêm dizer que o Brasil é um país em situação difícil. Interessa a eles criar essa ideia", criticou. Segundo Dilma, não são muitas as "pessoas que não acreditam em nada e torcem pra dar errado", mas foram elas que disseram que o governo não conseguiria "fazer nada aqui na Rocinha".
Em resposta a uma série de críticas sobre sua gestão econômica, Dilma Rousseff afirmou que temos "uma das melhores relações entre dívida líquida e PIB" e que "somos muito preocupados em não gastar mais do que temos, somos sérios em relação à política fiscal". Quanto à inflação, mais uma vez garantiu, como em discurso feito na última quarta-feira, em Brasília: "Nós jamais deixaremos que a inflação volte a esse País. Hoje ela está sob controle, ontem estava sob controle, e continuará sob controle".
Em seguida, a presidente fez um apelo à população. "Por isso peço a vocês que não deem ouvidos a esses que jogam no 'quanto pior, melhor'. Críticas todos têm que aceitar, mas terrorismo não. Fazer estardalhaço, terrorismo informativo sobre a situação do Brasil, não". Segundo ela, os críticos são os mesmos que anunciaram que haveria falta de energia no País, no início do ano. Dilma disse ainda que "vamos continuar fazendo com que o Brasil cresça de forma sustentável", e que "aqueles que acham que cairemos no conto do vigário, podem esperar sentados".
A presidente afirmou que o governo não irá diminuir os investimentos que beneficiam o povo brasileiro, e que há recursos suficientes para manter investimentos e gastos sociais. "O bolo no tamanho do Brasil só cresce se ele for também distribuído", concluiu. No Rio de Janeiro, a presidente anunciou R$ 2,66 bilhões para intervenções nas comunidades da Rocinha e nos complexos do Lins e do Jacarezinho.
Cabral
Durante seu discurso, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), reforçou seu apoio à presidente Dilma, depois de especulações sobre a hipótese de ele romper com o governo. "Tentam nos dividir, mas não vão conseguir nos dividir, presidenta", gritou o peemedebista. "Esse amor é um amor para uma parceria e para o bem do povo do Rio", finalizou, sob os gritos de "um, dois, três, Dilma outra vez".

Pessimistas, jornais criticam discurso do Velho do Restelo

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Estadão, Folha, Globo e Zero Hora não se consideram comparáveis ao personagem de Luís de Camões, que dizia que nada poderia dar certo nas navegações de Portugal; em vários editoriais, eles afirmam haver razões para o pessimismo
No 247


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