terça-feira, 25 de junho de 2013

O caminho é a mobilização

Do Tijlaço - 24 de Jun de 2013 | 18:45

O pronunciamento da Presidenta Dilma Rousseff, hoje, anunciando a proposta de mudanças profundas,  através de uma mini-reforma constitucional, convocada por plebiscito, é uma aposta no povo brasileiro, em sua lucidez e capacidade de se unir.
 
Por Fernando Brito

Os cinco pactos propostos pela Presidenta – estabilidade econômica, reforma política e combate à corrupção, saúde, transportes e educação integral- só terão sentido se neles prevalecer uma visão progressista, democrática e mobilizadora.

Não se espere que possa haver um “debate técnico” sobre estas questões.

Para mudar de verdade é preciso que se faça o povo atropelar as estruturas políticas que controlam as manifestações eleitorais.

Não é preciso dizer que estamos em desvantagem na mídia.

Até para ouvir a fala da Presidenta tive de recorrer à Globo. Agora, colocaram o vídeo, que a gente reproduz aí do lado.

Se este processo não for acompanhado de uma opção preferencial por falar ao povo vai virar uma armadilha.

Para começar, porque não anunciar as propostas em rede nacional de rádio e televisão?

Porque fazer isso de forma cansativa, com uma Presidenta compreensivelmente cansada, depois de um final de semana de articulações, antecedido por uma semana de graves acontecimentos?

Cada um dos temas podia ser apresentado de forma didática, clara, explícita.
De qualquer forma, mudou a pauta nacional.

Agora é a hora de propostas concretas, a primeira delas a de que a mini-constituinte deva ser exclusiva e separada do Legislativo comum. Dali não sairão propostas que limitem privilégios e distorções, dos quais nosso Congresso está cheio e que funcionam como amarras para qualquer governo progressista.

A seguir, iremos falando de cada ponto.

Mas, desde já, focamos no mais importante deles: a comunicação direta com o povo, sem a qual seremos vítimas da conspiração midiática e das oligarquias políticas.



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