Em visita ao estado do Rio Grande do Sul, o candidato Aécio Neves declarou
que, caso seja eleito, "os investimentos em portos serão feitos no
Brasil, inclusive no Rio Grande do Sul". Sobre a crítica do candidato
aos investimentos em empreiteiras que participam da construção do Porto
de Mariel, em Cuba, já explicamos a importância estratégica dessa
parceria para a nossa economia aqui. Agora, vamos falar de quem investiu mais na indústria naval, Aécio?
Em 2002, quando Fernando Henrique Cardoso, do partido de Aécio Neves,
deixou o poder, a indústria naval brasileira estava relegada a serviços
menores. Os navios da Petrobras eram fabricados no estrangeiro.
Criação de empregos, então, é bom nem falar. Com FHC, eram apenas 7 mil empregados na indústria naval do país inteiro. Com Dilma, a coisa é bem diferente.
Em 2013, 80 mil empregados que produziram 7 plataformas de produção, 2
navios petroleiros de grande porte, 21 navios de apoio marítimo, 10
rebocadores portuários e 44 barcaças de transporte.
Graças à política de produção nacional de Lula e Dilma,
o crescimento da Petrobras nos governos petistas e o investimento
maciço na exploração do petróleo e do pré-sal, hoje somos a terceira
maior indústria naval do mundo. A indústria naval está sendo alavancada com o PAC 2
por meio do Programa de Modernização e Expansão da Frota de
Petroleiros (Promef I e II). Já foram entregues sete navios de grande
porte. E o Promef ainda tem 14 outros navios em construção, somando 46
embarcações já contratadas. No programa de Expansão e Modernização da
Marinha Mercante, já são 288 embarcações contratadas e 93 entregues.
Até abril de 2014 foram concluídos, pelo PAC, 27 empreendimentos em
exploração e produção de petróleo, 19 em refino e petroquímica, nove em
fertilizantes e gás natural e três combustíveis renováveis. Como
resultado da consolidação da indústria naval, foram concluídas duas
sondas de perfuração contratados o financiamento de 381 embarcações e 13
estaleiros.
E já que o Aécio está falando para o Rio Grande, mostramos aqui o
quanto Dilma investiu na indústria naval do Rio Grande do Sul. Também
pelo PAC foi concluída a expansão da Refap S/A
(Refinaria Alberto Pasqualini), no Rio Grande do Sul, que passou a ser
a 5ª maior refinaria do sistema Petrobras. De 2011 a 2014, o governo
Dilma destinou R$ 22,9 bilhões para o setor de petróleo e gás no Rio
Grande do Sul e R$ 714,4 milhões para o segmento de portos,
investimentos que foram essenciais para reeguer a indústria naval do
Brasil, que tinha sido reduzida a pó nos governos tucanos. O Estaleiro do Rio Grande,
uma das maiores obras concluídas no Brasil de Dilma, tem uma área de
550 mil metros quadrados, é o primeiro dique seco do Brasil e o maior da
América Latina.
Enquanto Aécio trabalha com especulações, Dilma tem muito o que
mostrar. Ela não só fez com que o Brasil enfrentasse a crise gerando
emprego e renda, como também investiu muito na expansão da indústria do
Brasil e tirou a indústria naval brasileira dos anos de abandono vividos durante os governos tucanos. Quem faz uma campanha baseada na mentira não se sustenta, Aécio.
Também do Blog CONTEXTO LIVRE.
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