terça-feira, 14 de outubro de 2014

Bancas de jornal vendem e exibem “material de campanha” de Aécio


A campanha nas bancas de jornal agora é total. Uma verdadeira blitzkrieg. A ponto de a IstoÉ Dinheiro pretender transformar uma das virtudes do governo Dilma, a baixa taxa de desemprego, em um problema: “Desemprego, o monstro acordou”.

Além de atacar, na sua versão semanal, de “Campanha de Dilma sob suspeita”; “3% eram para o PT”.

Mas a Época e a Veja trazem uma nova nuance da campanha midiática, que se estende aos estúdios de rádio e televisão.

Aécio Neves, o “candidato de centro”.

Ambas deixaram o chamado “Petrolão” como sub-manchete, para propagandear na capa um candidato que não é mais de direita.

No conjunto, fica assim: enquanto Dilma é criminalizada, Aécio é apresentado como estadista.

Curiosamente, frases inteiras das entrevistas do tucano foram reproduzidas nas capas de Veja e Época.

Por que?

Em minha modesta opinião, porque aqueles cartazes gigantes que promovem a venda das duas revistas ficam pendurados nas bancas e se convertem em verdadeiros outdoors de Aécio para os que estão de passagem e não são assinantes.

Com isso, as bancas se convertem em verdadeiros centros irradiadores da campanha tucana.

Primeiro, três pesquisas fajutas, reproduzidas na blogosfera dantesca e no horário eleitoral dos tucanos, dão Aécio como virtualmente eleito.

A Veja, por exemplo, diz na capa que Aécio “ganhou 30 milhões de votos de uma hora para outra”.

Depois do “fato consumado”– a vitória líquida e certa de Aécio — vem o programa de governo do presidente eleito, nas entrevistas.

É o candidato “de centro”.

– “Bolsa Família não é favor de partido político. É dever do Estado. No meu governo ela será mantida, melhorada e, se preciso, ampliada”;

– “O meu vai ser o governo dos pobres”;

– “Não me sinto obrigado, se ganhar a eleição, a disputar um segundo mandato”;

– “Vou acabar com as boquinhas do PT. Dá para cortar um terço dos cargos comissionados”;

– “Qualquer discriminação deve ser tratada como crime, homofobia também”;

– “(A Petrobras) paralisará o atual governo, se ele vencer”.

Estas últimas cinco frases couberam na capa de Época, das Organizações Globo, a mesma que propagandeou a primeira pesquisa fradulenta, do Instituto Veritá.

Vendem a ideia de Aécio o amigo dos homossexuais, que tem despreendimento em relação ao poder e sensibilidade social. Ah, sim, também quer acabar com as “boquinhas” do PT, ele que aos 25 anos de idade já era diretor da Caixa Econômica Federal no governo Sarney, indicado pelo primo, o ministro da Fazenda Francisco Dornelles.


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Luiz Carlos Azenha

No Viomundo


Um comentário:

brasilpensador.blogspot.com disse...

OERA: O MIN GILMAR MENDES SUSPENDEU A PUBLICAÇAO DE RESPOSTA DO PT NA VEJA MAIS LEWANDOWSWKI PODIA CASSAR A LIMINAR PORQUE ÉUMA AFRONTA DOSTF AO LEGISLATIVO. E NO ENTANTO NEM SEI SE OL PT ENTROU NA JUSTIÇA PARA VER SEUS DIREITOS GARANTIDOS. PORQUE O PT NAO FOI AO STF.