Por Altamiro Borges
No final da tarde desta quinta-feira (23), o Ibope e o Datafolha
divulgaram novas pesquisas sobre a corrida presidencial. Pela primeira
vez, Dilma Rousseff ultrapassa Aécio Neves fora da sinistra “margem de
erro”. No Datafolha, a petista aparece com 53% das intenções de voto
contra 47% do cambaleante tucano. Já o Ibope apresenta uma vantagem
ainda maior: Dilma com 54% e Aécio com 46%. Após a surpresa do primeiro
turno, a mídia festejou a “disparada” do candidato do PSDB e alguns
“calunistas” até decretaram que ele seria eleito com folga. Dilma
enfrentou a “onda azul” e, na semana passada, já apareceu na frente do
tucano, mas dentro da tal “margem de erro” (52% a 48%). Agora, ela
amplia a diferença.
Segundo o Ibope, a presidenta cresceu cinco pontos percentuais em uma
semana – de 49% para 54%. Já o cambaleante senador mineiro-carioca
perdeu cinco pontos – de 51% para 46% – no mesmo período. Já o Datafolha
aponta crescimento de quatro pontos para Dilma (49 a 53) e queda de
quatro para Aécio (51 para 47). Considerando os votos totais, a pesquisa
do Datafolha mostra a petista com 48% e o tucano com 42%. Já no Ibope,
Dilma alcançou 49% das intenções de voto contra 41% de Aécio. O
instituto observa que há 3% de eleitores indecisos e 7% que pretendem
anular ou votar em branco. Ou seja: caso mudem de opinião, eles poderão
alterar os resultados das eleições do próximo domingo.
As duas pesquisas são apenas fotografia do atual momento – em que a
campanha pela reeleição de Dilma Rousseff agita o país, com milhares de
pessoas em comícios e passeatas e o florescimento de inúmeras
iniciativas criativas e autônomas contra o risco de retrocesso no
Brasil. Por um lado, elas abatem o ânimo dos tucanos e da direita
fascistóide – que gostam tanto destes institutos “privados” e que
percebem que a tal “onda azul” não seduziu os eleitores.
Por outro, as pesquisas do Ibope e do Datafolha devem incendiar a
militância progressista do país. As ruas e as redes foram decisivas para
barrar a maré conservadora neste segundo turno. Nos próximos dias, elas
serão ainda mais decisivas para evitar surpresas desagradáveis e
trágicas. A batalha é de casa em casa, de escola em escola, de fábrica
em fábrica, até o dia 26 de outubro. No próprio domingo da eleição é
preciso tomar as ruas contra o retrocesso! Qualquer salto alto ou
descanso nesta reta final poderá ser fatal para o povo brasileiro! Nada
está decidido. A única previsão possível neste momento é que esta
eleição é imprevisível!
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