Do Cafezinho - postado em outubro 9th, 2014 | 30 comentários
Por Miguel do Rosário
A Justiça vaza depoimento de Paulo Roberto Costa apenas para a grande imprensa, que assim pode manipular à vontade.
A sociedade fica rendida.
Só nos resta apontar contradições.
Por exemplo, a Folha, ontem, divulgou a seguinte errata:
O Globo não deu atenção e jogou o nome de José Eduardo Dutra na lama coletiva. Sem errata, porque o Globo nunca erra. Outro dia, Merval Pereira deu números completamente errados do Ibope e sequer se desculpou no dia seguinte.
O depoimento de Costa não vale nada se não vier acompanhado de provas.
Costa era um indicado do PP e a sua denúncia era de que haveria repartição das comissões sobre os contratos entre ele, Yousseff e o PP.
A inclusão do PT fica por conta do “ouvi falar”.
Há uma combinação clara entre Yousseff e Costa. Ambos estão fazendo o jogo da mídia. Seus advogados sabem que, ao denunciar, mesmo que sem provas, o PT, eles ganham pontos na mídia, e páram de ser perseguidos pela imprensa.
Observe que Paulo sequer mencionou nenhum partido. A informação sobre PT, PP e PMDB é de fontes anônimas “investigadores da Polícia Federal”.
O advogado de Yousseff fala em um “partido que está disputando o segundo turno”.
Não há um áudio, uma prova, um documento.
Estamos diante de uma nova grande farsa.
Um bandido, ou melhor, dois bandidos fazem uma delação premiada, onde falam o que bem entendem, de maneira combinada.
A imprensa não apenas converte o que eles falam em verdade absoluta, como inicia uma grande operação simbólica, com gráficos, vídeos, mapas interativos.
Em Pernambuco, rola uma investigação séria, com documentos, sobre um esquema envolvendo PSB e PSDB, em contratos da Petrobrás.
O PSDB também está disputando o segundo turno…
Investigação sobre o afundamento da plataforma P-36? Nada.
Investigação sobre a privataria tucana? Nada.
Investigação sobre o trensalão? Só na Suíça.
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