segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Na imprensa, Aécio fala em trégua. Com os marqueteiros, combina se passar de vítima e atacar Dilma

#QueroDilmaTreze
Um homem que quer se passar de vítima de uma mulher, isso dá votos? Se desse a Marina tinha ganho a eleição. Mas é essa a estratégia de Aécio de  se colocar como vítima dos petistas e de Dilma que está sendo e vai continuar ser  explorada, mas não é vista pelos tucanos como algo suficiente para aplacar ofensiva rival. Marina está dando aulas para o tucano
 Diante da constatação de que a campanha de Dilma Rousseff está focada em ampliar os índices de rejeição de Aécio Neves, os tucanos tentarão nos últimos dias da disputa empurrar para a presidente o ônus de ter baixado o nível nos debates e na propaganda eleitoral. Ao mesmo tempo, reforçarão o discurso de que o candidato tucano e seus familiares são vítimas de ataques pessoais sem fundamento. Ontem, areclusa Andréa Neves, irmã  de Aécio, procurou seus aliados, a imprensa, e  deu até entrevista para a Folha criticar o "baixo nível" dos petistas. Mas não disse que Aécio chama a presidente Dilma de mentirosa e leviana

O PSDB avalia, porém, que não adianta apenas adotar a estratégia de vitimização,bastante usa da por Marina Silva (PSB) no 1.° turno.

Apesar dos constantes apelos por trégua nos ataques feito por Aécio nos debates de TV, a ordem no comitê é "bateu, levou". "Tudo depende de como a presidente vai vir nesta reta final. Se ela insistir nas agressões, terá uma resposta à altura", diz o senador José Agripino (DEM-RN), coordenador geral da campanha.

Apesar da preocupação com o desgaste do embate frontal com Dilma, que pode empurrar votos antipetistas para o campo "nulo", o estafe do tucano está reunindo munição para a batalha.

A irmã de Aécio, aquela que cuidava das verbas públicas para as rádios de Aécio, fica em silêncio quando Aécio combina com seus pares de bater forte em  Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, ex-marido da presidente,  e afirmar que ele foi funcionário comissionado da prefeitura de Belo Horizonte na gestão de Fernando Pimentel, que também empregou Igor Rousseff, irmão de Dilma. As críticas mais incisivas serão feitas pelo rádio, onde há menos exposição da coligação. Já a TV será usada para os ataques institucionais - ou seja, críticas à gestão. Na TV, os tucanos vão se passar bom bons

A campanha tucana também se prepara para rebater os disparos feitos pelo PT sobre a crise hídrica em São Paulo, onde o PSDB aposta em ampliar para 7 milhões a vantagem de Aécio sobre Dilma. O discurso começa com:"Nunca houve na história deste País uma estiagem como essa. O setor elétrico também está sofrendo com a falta de água", diz o ex-governador Alberto Goldman, coordenador da campanha em São Paulo. "Nós já sabíamos que eles fariam isso  vamos atacar  ao máximo nos últimos dias."

Nas viagens, Aécio jogará suas fichas no Sudeste, especialmente em Minas, berço político do candidato e onde ele perdeu por cerca de 400 mil votos no 1.° turno, e no Rio, onde o tucano buscará os votos  que foram da hoje aliada Marina.

As únicas agendas de Aécio fora do eixo do Sudeste serão uma visita a Belém hoje, depois de sair de Minas, e Goiânia e Campo Grande, na quarta. Nas três cidades, será recebido por aliados em grandes manifestações públicas. Os tucanos também consideram que o debate da Rede Globo na sexta-feira pode decidir a eleição. Por isso, Aécio vai dedicar boa parte de sua agenda para se preparar para o embate com Dilma na emissora 
 

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