Golpe da Veja. Processo e fim de anúncio!
Em sua página no Facebook, a revista Veja já anuncia a sua
“bomba” para a véspera da eleição presidencial. A capa é das mais tenebrosas:
“Eles sabiam de tudo”. No fundo escuro, as fotos sombrias de Dilma e Lula. Na
chamada de capa, o “vazamento ilegal” do depoimento à Polícia Federal do doleiro
Alberto Youssef, um bandido notório brindado com uma “delação premiada e
premeditada”. Ele teria denunciado que a presidenta e o ex-presidente conheciam
o esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. A “reporcagem”, que ainda não foi
disponibilizada no site da revista, é a última cartada da mafiosa famiglia
Civita para tentar dar sobrevida à cambaleante candidatura do tucano Aécio
Neves.
Em 13 de outubro, o ministro Admar Gonzaga, do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), acatou pedido da coligação da presidente Dilma
Rousseff (PT) e concedeu liminar pela suspensão de uma inserção na rádio da
“Veja”. Ele entendeu que a revista, a pretexto de veicular publicidade
comercial, burlou a legislação eleitoral ao fazer propaganda ilegal de Aécio
Neves (PSDB). “O ministro considerou que houve divulgação de conteúdo próprio do
debate eleitoral, porém veiculado na programação normal do rádio na forma de
publicidade comercial, em desacordo com a regra contida no artigo 44 da lei
9.504/97, que veda a veiculação de propaganda paga”, descreveu o jornal
Valor.
Esta decisão do TSE, porém, parece que não intimidou os
capangas da famiglia Civita. A “Veja” está desesperada com a queda nas intenções
de voto do cambaleante tucano, confirmada nesta quinta-feira (23) pelas
pesquisas do Datafolha e Ibope. Já era previsível que tentasse uma última
cartada ainda mais suja – mesmo correndo o risco de nova condenação. Diante
destas e de várias outras atitudes ilegais e criminosas, o governo e o PT não
podem vacilar. A revista deve ser processada, exigindo-se a imediata resposta da
Justiça Eleitoral e, inclusive, a retirada de circulação deste panfleto
tucano.
Este novo golpe também deveria fazer com que o governo
repensasse sua política de publicidade. Não tem cabimento bancar anúncios
milionários numa publicação asquerosa e irresponsável, que atenta semanalmente
contra a democracia e o livre voto dos brasileiros. Não dá mais para alimentar
cobras! Chega!
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