O Brasil ainda paga o preço pela irresponsabilidade demagógica e eleitoreira de Aécio Neves e do PSDB durante e após a recente campanha eleitoral. Neste sábado, 1º de novembro, hordas de dementes saíram às ruas de São Paulo e Brasília portando bandeiras de Aécio Neves e do PSDB e pedindo, entre outras coisas, golpe militar e separação de SP do resto do país.
Confira, abaixo, matéria do portal de O Globo
Cerca de 3 mil se reuníram na Avenida Paulista com cartazes de ‘fora Dilma’
POR MARIANA SANCHES E CAROLINA BRÍGIDO
01/11/2014 15:35 / ATUALIZADO 01/11/2014 17:39
Cerca de 3 mil pessoas, de acordo
com a Polícia Militar, participaram na tarde deste sábado em São Paulo
de um protesto contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Um grupo de 400 manifestantes
também protestou em Brasília. Eles reclamam dos escândalos de corrupção
no governo e acusam a presidente de ser conivente com o esquema de
desvio de dinheiro da Petrobras.
Em São Paulo, alguns dos
manifestantes, do alto de um carro de som, chegaram a dizer que as
eleições deste ano não valeram, enquanto outros seguravam uma faixa com a
frase “Eleição da Dilma: a maior fraude da história”.
Os manifestantes também pediram o
impeachment da presidente. Outras faixas, separatistas, ameaçavam: “ou
impugnação, ou intervenção militar”.
Os entusiastas pela separação de
São Paulo do resto do país também seguravam ao fim do ato, em frente do
Monumento às Bandeiras, na região do Parque do Ibirapuera (Zona Sul),
uma faixa dizendo “São Paulo é o meu país”. Segurando bandeiras do
estado de São Paulo, muitos cantaram o hino nacional por diversas vezes.
O início do protesto ocupou
totalmente a pista da Avenida Paulista sentido Consolação e parcialmente
a pista sentido contrário, Paraíso. A PM acompanhou a caminhada da
Paulista ao Ibirapuera, sem escudos e armas empunhadas. A corporação
chegou a ser saudada pelos presentes: “Viva a PM!”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva também foi lembrado pelos manifestantes paulistas aos gritos de
“Lula, ladrão, vai lamber sabão” e “1,2,3 Lula no xadrez”. Os
manifestantes diziam “defender o Brasil da criação de um estado
totalitário de esquerda pelo PT”.
- Vim aqui me manifestar porque
querem fazer a democracia bolivariana. Eu acordei (politicamente) desde
que tentaram fazer passar o referendo do Estatuto do Desarmamento. O
clima no país é de absoluto terror e intolerância. Só eleição não é
democracia – disse Maria Cecília Sarti, de 57 anos.
MANIFESTANTES LEVARAM BANDEIRAS DE AÉCIO
Em Brasília, a passeata foi
capitaneada por um carro de som com a propaganda do deputado Izalci
(PSDB-DF). Os organizadores empunhavam bandeiras de Aécio Neves, o
candidato tucano derrotado nas eleições. Um dos cartazes pedia “pena de
morte para políticos corruptos e ladrões”. Outro queria o fim da
reeleição. O grupo cantou o hino nacional.
Muitos carros seguiram a passeata
buzinando, em sinal de apoio às causas. Ao longo do percurso, carros da
Polícia Militar do Distrito Federal garantiram a segurança e pediram
para os protestantes deixarem ao menos duas faixas da pista livres, para
não atrapalhar o trânsito.
- Isso aqui não é a Marcha das
Vadias, é uma manifestação ordeira da família brasileira. Vamos cooperar
com a polícia – gritou um dos organizadores, no microfone do carro de
som.
Por volta das 16h, quando começou a chover, o grupo reduziu para cerca de 150 pessoas.
Algumas breves considerações.Em primeiríssimo lugar, o ex-candidato a presidente Aécio Neves e o seu partido têm obrigação de vir a público dizer se apoiam correligionários que estão praticando atos que se ocorressem em um país como os Estados Unidos seus participantes seguramente seriam presos e, muito provavelmente, enviados a Guantánamo.
Ou alguém acha que em sociedades civilizadas se pode sair às ruas e pregar um crime? Imaginem um grupo tomar a 5ª Avenida, em Nova Iorque, e pedir que militares americanos estuprem a constituição do país e derrubem o presidente Barack Obama menos de uma semana após ter sido reeleito democraticamente.
Ocorre que esses dementes acham que existem preceitos legais para meia dúzia de generais juntarem algumas tropas e tomarem o poder pela força, apesar de a Carta Magna de 1988 ser bastante detalhista quando às formas legais para destituir governos, o que não inclui uso da força, a não ser por convocação dos Poderes Constituídos.
Não dá mais para o país assistir calado a espetáculos como esse. Quem vai se levantar e dizer que este país só aceita caminhos de eleição ou destituição de governos que figurem dentro dos preceitos constitucionais? Como pode um partido de oposição se deixar representar em atos como esses e não ser cobrado?
Isso já passou dos limites. Essa gente está transformando o Brasil em uma republiqueta bananeira.
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