Ex-presidente Lula reagiu às acusações do ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef de que o PT seria um dos
beneficiados pelo superfaturamento de empreiteiras com a estatal: "Toda
eleição é a mesma história. Eles começam a levantar denúncias e, com
denúncias, não precisam provar nada, só insinuar. Acusação de corrupção
não pode abaixar cabeça de petista. Já estou de saco cheio"; quanto às
recentes declarações de FHC, disse que "votar na Dilma é botar fim no
preconceito da elite": "Nós que precisamos dela para não haver
retrocesso. O que deixa eles mais nervosos é que fizemos mais pela
educação em 12 anos do que eles em cem"
10 DE OUTUBRO DE 2014
SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse
nesta quinta-feira que as denúncias de corrupção não podem abaixar a
cabeça dos petistas, após a divulgação dos áudios dos depoimentos do
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef
detalhando um suposto esquema de corrupção na estatal.
"Toda eleição é a mesma história. Eles começam a levantar denúncias e,
com denúncias, não precisam provar nada, só insinuar. Acusação de
corrupção não pode abaixar cabeça de petista", disse o ex-presidente na
quadra do sindicato dos bancários no centro de São Paulo. "Toda eleição é
a mesma coisa, já estou de saco cheio", acrescentou.
Costa e Youssef afirmaram em depoimentos à Justiça, no âmbito de um
processo de delação premiada, que "grandes empresas" eram contratadas
pela Petrobras com sobrepreço de, em média, 3 por cento, e que esses
recursos eram repassados a integrantes de PT, PP e PMDB. O doleiro e o
ex-diretor também ficariam com parte dos recursos.
Lula também comentou declarações do ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, do PSDB, que afirmou que os eleitores do PT são menos
informados. As declarações de Fernando Henrique viraram tema do primeiro
programa da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT,
no segundo turno da campanha, em que ela enfrenta o tucano Aécio Neves.
"É cultura deles, não é pensamento só do Fernando Henrique. O que eles
não sabem é que quem não vota neles não é burro... O que esse povo não
gosta é que pobre agora anda de cabeça erguida", disparou Lula.
"Votar na Dilma é botar fim no preconceito da elite", acrescentou. "Não é
a Dilma que quer ser candidata a presidente, nós que precisamos dela
para não haver retrocesso. O que deixa eles mais nervosos é que fizemos
mais pela educação em 12 anos do que eles em cem."
Ao cumprimentar os candidatos derrotados do PT em São Paulo Alexandre
Padilha, a governador, e Eduardo Suplicy, ao Senado, Lula disse que o
partido precisa entender o que aconteceu de errado no Estado, onde o PT
perdeu em regiões historicamente ligadas ao partido.
"Precisamos encarar esse problema de frente, temos história na periferia
e no interior (de São Paulo). Faltou política, debate com
diferenciação", disse Lula. "Não podemos admitir que um tucano nos chame
de corruptos."
Pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas na noite desta quinta mostraram
Aécio à frente de Dilma na preferência do eleitorado. De acordo com os
dois institutos, o tucano tem 51 por cento dos votos válidos, contra 49
por cento da petista.
Lula fez eco ao primeiro programa de Dilma no horário eleitoral
obrigatório do segundo turno, que foi transmitido na quadra dos
bancários para os militantes petistas, e lembrou os problemas
enfrentados pela economia no período de Fernando Henrique.
O ex-presidente disse que as ideias tucanas quebraram o país três vezes e
são "travestidas de nova". Ele também afirmou que nos governos do PSDB o
Fundo Monetário Internacional (FMI) dava palpite na economia, o sistema
financeiro queria ganhar sem investir na produção, a educação era
privilégio da elite e o desemprego fazia parte da situação normal.
(Reportagem de Vinicius Cherobino)
Postado há 1 minute ago por Blog Justiceira de Esquerda
Do Blog Justiceira de Esquerda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário