Fundada na Suíça, em 1927, e reconhecida por 157 países e 330 ONGs,
Associação Internacional de Seguridade Social concede seu maior prêmio
ao Bolsa Família; reconhecimentos ocorrem apenas de três em três anos;
atacado no Brasil, programa foi julgado como "experiência excepcional e
pioneira na redução da pobreza"; em entrevista coletiva no Ipea, nesta
manhã, ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirma que
"premiação internacional reconhece o esforço do país para construir uma
rede de proteção social"; estudo inédito do instituto sobre o impacto da
iniciativa na economia revela que se o Bolsa Família fosse extinto, a
pobreza passaria de 3,6% para 4,9%; além disso, cada real gasto com o
programa, que completa 10 anos, faz a economia girar 240%.
Brasil 247 – O
governo não tem como não comemorar. Polêmico no Brasil, onde é alvo de
ataques em razão de falhas pontuais e, também, pelo que é visto por
muitos como 'caráter assistencialista', o programa Bolsa Família acaba
de receber aquele que é considerado o prêmio Nobel da seguridade social.
Trata-se do Award for Outstanding
Achievement in Social Security, concedido pela Associação Internacional
de Seguridade Social. Com sede na Suíça, essa entidade foi fundada em
1927 e é reconhecida por 157 países e 330 organizações não
governamentais. O grande prêmio, concedido depois de uma série de
pesquisas in loco, só é concedido a cada três anos.
O Bolsa Família, que está
completando 10 anos de existência no atual formato, foi considerado pela
ISSA como "uma experiência excepcional e pioneira na redução da pobreza
e na promoção da seguridade social".
Em coletiva de imprensa concedida no
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta manhã, em
Brasília, a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza
Campello, afirmou que a "premiação internacional reconhece o esforço do
país para construir uma rede de proteção social".
O instituto apresentou um estudo
inédito sobre o impacto da iniciativa, que completa dez anos, na
economia. De acordo com Marcelo Neri, presidente do Ipea, se o Bolsa
Família fosse extinto, a pobreza passaria de 3,6% para 4,9%. "É um
impacto de 28% e o efeito aumenta ao longo do tempo", afirma Neri.
Ainda segundo o estudo, apresentado
por ele, "cada real gasto com o Bolsa Família impacta a desigualdade
370% mais que a previdência social" e faz a economia girar 240%. O
presidente do Ipea afirmou que, comparado com outras despesas, o
programa consome poucos recursos (0,5% do PIB). "Os EUA gastam 2% do PIB
com programas sociais, e os países europeus ainda mais", lembrou.
Leia a íntegra do estudo aqui.
Abaixo, texto da assessoria do Ministério do Desenvolvimento Social:
Brasil recebe prêmio internacional por Bolsa Família
O governo brasileiro recebeu prêmio
internacional por causa do programa Bolsa Família. A Associação
Internacional de Seguridade Social (ISSA) anunciou hoje, 15 de outubro,
na Suíça, o país como vencedor do I Prêmio Award for Outstanding
Achievement in Social Security em reconhecimento ao sucesso do Bolsa
Família no combate à pobreza e na promoção dos direitos sociais da
população mais vulnerável do Brasil.
A ministra de Desenvolvimento Social
e Combate à Fome, Tereza Campello, comenta o prêmio em coletiva de
imprensa nesta manhã, no auditório do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) em Brasília (Setor Bancário Sul, Quadra 1, Ed.
BNDES/Ipea, subsolo).
A ISSA é a principal organização
internacional voltada à promoção e ao desenvolvimento da seguridade
social no mundo, atuando na produção de conhecimento sobre o tema e no
apoio aos países para a constituição e aprimoramento de seus sistemas de
proteção social. Fundada em 1927, a organização tem filiadas 330
organizações em 157 países.
O prêmio, entregue a cada três anos,
é atribuído a instituições e programas, conforme a relevância de sua
contribuição. Sua primeira edição foi dedicada ao Bolsa Família porque,
segundo a ISSA, o programa é uma "experiência excepcional e pioneira na
redução da pobreza e na promoção da seguridade social".
Na coletiva a ser realizada hoje, o
presidente do Ipea e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos
(SAE), Marcelo Neri, apresentará o estudo inédito "Efeitos
macroeconômicos do Programa Bolsa Família: uma análise comparativa das
transferências sociais", que será um capítulo do livro Programa Bolsa
Família: uma década de inclusão e cidadania, a ser lançado em parceria
por MDS e Ipea em 30 de outubro, durante evento comemorativo dos 10 anos
do programa.
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