Afinal, por que Joaquim Barbosa teve mais uma explosão diante das
câmeras no plenário do STF? Fruto do já conhecido temperamento
autoritário e desrespeitoso? Na verdade, seu temor é ser forçado a
corrigir um erro que ele próprio cometeu, na definição das penas, ao
omitir a data de morte de José Carlos Martinez, com quem o PT fechou um
acordo eleitoral e que faleceu em outubro de 2003; a data tem papel
essencial na definição de penas de réus como Bispo Rodrigues, pivô da
discussão de ontem, e até de José Dirceu; brigada da mídia já se
movimenta para evitar que o erro seja revisto, como nas colunas de
Merval Pereira, Reinaldo Azevedo e Josias de Souza.
Leia AQUI, se tiver estômago, os artigos dos três mosqueteiros do PIG em defesa do crime.
Brasil 247
- No julgamento da Ação Penal 470, o Supremo Tribunal Federal cometeu
um erro importante. Por omissão aparentemente consciente do ministro
Joaquim Barbosa, a data da morte do político José Carlos Martinez, com
quem o PT fechou um acordo de R$ 20 milhões, foi considerada o "fim de
2003" e não outubro de 2003, como precisamente ocorreu.
Essa data é relevante porque, em dezembro de 2003, a lei penal foi
alterada, tornando mais rígidas as penas por corrupção. Exatamente por
isso, um dos réus, Bispo Rodrigues, apresentou um embargo de declaração
pedindo que sua pena fosse revista. Foi nesse momento que Joaquim
Barbosa teve mais um acesso de fúria, quando agrediu seu colega Ricardo
Lewandowski e o acusou de fazer "chicana".
A agressão – mais uma – não foi fruto apenas do temperamento autoritário
e desrespeitoso de Joaquim Barbosa diante de colegas, repórteres e até
de presidentes de associações de magistrados. O presidente do STF
explodiu porque pressentiu que Lewandowski levaria a discussão para a
revisão de um erro – aparentemente consciente, repita-se – do ministro
Barbosa.
O vídeo abaixo deixa claro como ocorreu a falha no julgamento, quando
Barbosa altera a data da morte de Martinez de outubro para dezembro de
2003:
O erro de Barbosa teve impacto na pena do Bispo Rodrigues e de outros
réus, incluindo José Dirceu e Delúbio Soares. Num julgamento normal, sem
a pressão de setores da mídia que têm a sua própria agenda política, o
correto seria revê-los.
No entanto, Barbosa tem a seu favor a ação de uma brigada organizada de
jornalistas, que constrói um discurso para que o erro seja mantido. Uma
organização que se torna evidente até pela semelhança dos adjetivos e
argumentos. Merval Pereira, por exemplo, chama José Dirceu de "cardeal",
quando insinua que ele é o réu que Lewandowski tentaria proteger – e
não o Bispo Rodrigues. Reinaldo Azevedo faz a mesma blague e define o
ex-ministro da Casa Civil, como "papa". Nesse jogo sincronizado, também
merece destaque o artigo de Josias de Souza, que segue a mesma linha de
argumentação.
Nenhum dos três, no entanto, discute o erro em si – que efetivamente aconteceu e aparentemente de forma proposital.
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++Leia AQUI, se tiver estômago, os artigos dos três mosqueteiros do PIG em defesa do crime.
Um comentário:
Voces nao tem jeito mesmo na tentativa de tentar salvaguardar Jose Dirceu! Pode me explicar o que tem a ver data da morte de Martinez com os crimes praticados por Dirceu e o pastor em questao? So voces mesmo para ver como um motivo de revisao para o processo em si. Vamos pensar em algo mais produtivo do que defender esses canalhas?
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