sábado, 5 de outubro de 2013

A borboleta virou lagarta?


O tabuleiro mexeu: Campos e Marina estarão juntos em 2014.
Nasce a 'quarta via', o socialismo econeoliberal. "Para destruir o chavismo do PT", diz a suave senadora que deixou o PT em 2009, 'para ser coerente com a luta 'pelo desenvolvimento sustentável'.
Marina decidiu.
E comunicou a seus pares em caráter irrevogável: será a vice de Eduardo Campos, que ganha assim um discurso palatável à classe média, ele que antes só falava à Fiesp e à Febraban.
Marina perde a Rede, mas sobretudo, a aura de maria imaculada e ganha a companhia dos Bornhausen, os afáveis banqueiros de Santa Catarina, que terão o comando do PSB no Estado e voz ativa na esfera nacional.
Os Demos também querem 'destruir o chavismo do PT' e tem precedência na fila. É natural que ocupem espaços.
Parece não incomoda-la: Marina é obstinada. Tudo pela causa. A sua passa a ser a mesma de Campos, Aécio, Serra, Freire e a da plutocracia em busca de uma 'terceira via' para capturar o Estado novamente.
Todos contra Dilma.
Funciona?
Dúvidas: quanto vai durar o casamento entre o personalismo anêmico de votos de Campos e a pureza armada de Marina?
Como evitar que a identidade de propósitos da frente anti-petista apenas pulverize os votos dos já convertidos?
Marina Silva prometeu neste sábado 'sepultar de vez a velha República'. São palavras fortes.
Mas o que cogitaria como nova República um Heráclito Fortes, por exemplo, outro demo recém convertido ao socialismo complacente do PSB?
Como diz Zizek, passada a fase alegre dos consensos, será preciso ir além, sem se transformar em um desastre.
A ver.

No Carta Maior

Um comentário:

Unknown disse...

Mal caráter tem muita gente no Brasil percebendo as canalhices que vices estão fazendo