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Consertar uma tese jornalística errada não é fácil. Mas é o que tentam
fazer, neste momento, alguns dos colunistas e editorialistas mais
radicais da mídia tradicional. No circuito Merval Pereira-Reinaldo
Azevedo-Arnaldo Jabor e outros, a tese que está em campo agora é em tudo
diferente da que vigorou até momentos antes da classificação da Seleção
Brasileira para a segunda fase do Mundial, dez dias atrás. Até ali,
quando ainda existiam apostas contra o sucesso popular e de organização
da Copa no Brasil, os mesmos articulistas da Rede Globo e do Grupo Abril
trabalhar pelo estabelecimento do clima de medo e apreensão frente ao
sucesso do Mundial. Engrossaram, à sua maneira, o esvaziado
#naovaitercopa – e ficaram completamente isolados nas arquibancadas
vazias dos que apostaram no sucessos do evento.
Agora, numa ampla ofensiva que utiliza todos os meios disponíveis – dos
programas ditos sérios na rádio CBN ao decadente Domingão do Faustão -,
os mesmos caras pregam que o sucesso da Copa é de todos, em exceção. Mas
que, se houver perda esportiva e aumento de críticas ao Mundial, a
culpa deve recair exclusivamente sobre a torcedora número 1, a
presidente Dilma Rousseff.
- Dilma e Lula não marcam gols, sublinhou, com certo desespero, Merval
Pereira para seu parceiro Carlos Alberto Sardemberg, nesta terça-feira
8, num bate-bola do time do contra na rádio CBN. No domingo, Faustão fez
as vezes de editorialista e repetiu, por dois minutos, que "a
verdadeira Copa vai começar agora, com as eleições", como querendo dizer
que a #copadascopas é um evento menor, nada significativa para a vida
de um País.
Pelo Grupo Abril, Reinaldo Azevedo irritou-se, em texto no site
veja.com, com o gesto de "é tóis", feito por Dilma com os braços,
divulgado na página do Facebook da presidente. Ele reconheceu que não
sabia do que se tratava, apesar de a expressão ser popular há pelo menos
seis meses. E emendou dizendo que a presidente vibrar e torcer pela
Seleção, por Neymar e pelo sucesso da Copa seria "uma tentativa
canhestra do poder de manipulação do povo". Nossa! Para Azevedo, será
que Dilma deveria vestir luto por esses dias? Ou talvez sair do País,
olhar a Copa de longe? O que ele queria, que Dilma, como ele, torcesse
contra?
Por jogadas como essa, é mesmo dura a disputa pela camisa 10 no time dos que jogam contra. Muitos candidatos.
O problema com a tentativa de ajustar a posição editorial sobre a Copa –
passando da aposta contra para a adesão oportunista e, ainda por cima,
tentando criticar a postura da presidente da República por ter-se
empenhado e acreditado no sucesso do Mundial – é que ela não dará certo.
Dilma, esse é o fato, mergulhou de cabeça na Copa no Brasil.
Publicamente, não vacilou em comandar a torcida, fazendo apelos pela
realização da #copadascopas e jogando alto na capacidade de o povo
brasileiro fazer um evento diferenciado. É o que está acontecendo, a
olhos vistos.
A esta altura, qualquer que seja o resultado esportivo da Seleção
Brasileira, com vitória ou não na partida de 17h00, no Mineirão, em Belo
Horizonte, contra a Alemanha, a Copa é um sucesso espetacular. E, como
dizem as pesquisas, ajudou sim na recuperação da popularidade da
presidente Dilma. Não serão colunistas que perdem credibilidade a cada
dia que irão mudar essa situação.
Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
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