A presidente Dilma Rousseff está enganada: não foi o complexo de
vira-lata que levou parte do Brasil a dizer que a Copa do Mundo seria
um fracasso dentro e fora do campo. Foi a síndrome de hiena raivosa, a
hiena política, a hiena lacerdinha, a hiena desejosa de ver o circo
pegar fogo para faturar eleitoralmente. A hiena preconceituosa não
queria admitir que o Brasil dos seus adversários políticos pudesse
fazer um evento desse porte com êxito. A hiena desvairada ria nos cantos
pensando nos aeroportos parados, nas manifestações terminando em
grandes conflitos, nos estrangeiros sendo saqueados, no caos.
Nada disso aconteceu.
Os grandes dramas acontecem em campo. O uruguaio Suárez foi banido da
Copa por ter dado uma folclórica mordida. Fred não recebeu nem cartão
amarelo por ter trapaceado simulando um pênalti inexistente que ajudou o
Brasil a ganhar da Croácia. Neymar está banido da Copa por um joelhaço
bandido de um adversário que nem advertido foi. Teria sido muito
melhor se o colombiano tivesse dado uma boa dentada no ombro do Neymar.
A dentada não tira de campo.
E agora? A Fifa vai punir o colombiano com base nas imagens do lance?
As hienas varridas garantiam que o Brasil não passaria da Colômbia.
Esta não é a Copa das vitórias fáceis e belas, mas a Copa das vitórias
difíceis, épicas, com sufoco. Mesmo os chamados pequenos viraram
grandes e não se entregam facilmente. Nenhuma das grandes seleções
passou das oitavas para as quartas sem sofrer. O Brasil chorou, mordeu,
pegou, lutou e ganhou. No caminho, todo tipo de obstáculo. Na
trajetória de um mito é preciso que se multipliquem as dificuldades. O
próximo passo será duríssimo: enfrentar a Alemanha sem Neymar.
As forças costumam se redobrar nessas situações. O Brasil está na
parada. Já fez melhor que em 2006 e 2010. Dos 32 países que vieram à
Copa, 28 estarão fora neste sábado. O Brasil está entre os quatro que
continuam na luta. Os métodos do sargento Felipão são duvidosos, sem
qualquer inovação tática, mas funcionam por linhas tortas. Em três
Copas, ele foi três vezes à semifinal. É grosso, mas sempre vai longe.
Não é a terapia do joelhaço que usa, mas a motivação pelo coice.
Quanto mais coices recebe, mais coices dá e mais avança na competição.
Felipão vai enterrar todos os psicólogos do esporte. Acerta pelo erro.
Do Blog CONTEXTO LIVRE.
Um comentário:
Os tucanos e seus simpatizantes tentaram dar uma joelhada nas costas do Brasil. Deram-se mal.
Postar um comentário