sexta-feira, 14 de junho de 2013

Dilma: "Não deem ouvidos ao 'quanto pior, melhor' "

Do Brasil 247 - 14 de Junho de 2013 às 13:05 

 

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Em discurso durante anúncio de investimentos em comunidades do Rio de Janeiro, presidente afirma que o Brasil "é um dos países mais sólidos do mundo", mesmo diante da crise internacional, e manda recado à população: "Peço a vocês que não deem ouvidos a esses que jogam no 'quanto pior, melhor'; segundo ela, "críticas todos têm que aceitar, agora fazer estardalhaço, terrorismo informativo sobre a situação do Brasil, não"


Rio247 – Os críticos da situação econômica do País voltaram a ser alvo da presidente Dilma Rousseff, que nesta sexta-feira 14 anunciou investimentos para comunidades do Rio de Janeiro. A presidente defendeu que o Brasil é hoje "um dos países mais sólidos do mundo" e, mesmo em meio à crise internacional, tem a menor taxa de desemprego. "Vocês lembram como era antes? Tínhamos uma taxa alta, enquanto Europa e Estados Unidos tinham uma baixa", disse a presidente. "E eles vêm dizer que o Brasil é um país em situação difícil. Interessa e eles criar essa ideia", criticou.

Em resposta a uma série de críticas sobre sua gestão econômica, Dilma Rousseff afirmou que temos "uma das melhores relações entre dívida líquida e PIB" e que "somos muito preocupados em não gastar mais do que temos, somos sérios em relação à política fiscal". Quanto à inflação, mais uma vez garantiu, como em discurso feito na última quarta-feira, em Brasília: "Nós jamais deixaremos que a inflação volte a esse País. Hoje ela está sob controle, ontem estava sob controle, e continuará sob controle".

Em seguida, a presidente fez um apelo à população. "Por isso peço a vocês que não deem ouvidos a esses que jogam no 'quanto pior, melhor'. Críticas todos têm que aceitar, mas terrorismo não. Fazer estardalhaço, terrorismo informativo sobre a situação do Brasil, não". Segundo ela, os críticos são os mesmos que anunciaram que haveria falta de energia no País, no início do ano. Dilma disse ainda que "vamos continuar fazendo com que o Brasil cresça de forma sustentável", e que "aqueles que acham que cairemos no conto do vigário, podem esperar sentados".
A presidente afirmou que o governo não irá diminuir os investimentos que beneficiam o povo brasileiro, e que há recursos suficientes para manter investimentos e gastos sociais. "O bolo no tamanho do Brasil só cresce se ele for também distribuído", concluiu. No Rio de Janeiro, a presidente anunciou R$ 2,66 bilhões para intervenções nas comunidades da Rocinha e nos complexos do Lins e do Jacarezinho. 

Cabral

Durante seu discurso, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), reforçou seu apoio à presidente Dilma, depois de especulações sobre a hipótese de ele romper com o governo. "Tentam nos dividir, mas não vão conseguir nos dividir, presidenta", gritou o peemedebista. "Esse amor é um amor para uma parceria e para o bem do povo do Rio", finalizou, sob os gritos de "um, dois, três, Dilma outra vez".

Investimentos vão para Rocinha, Lins e Jacarezinho

Os investimentos do governo federal em comunidades e favelas já alcançaram, durante o mandato de Dilma Rousseff, R$ 5,9 bilhões, segundo a presidente. No evento, ela anunciou R$ 2,66 bilhões para intervenções na Rocinha e nos complexos do Lins e do Jacarezinho. Segundo Dilma, esses aportes se traduzem em qualidade de vida para os moradores.

"O investimento total, no meu período, em favelas totaliza hoje R$ 5,9 bilhões. Isso significa qualidade de moradias, acesso a UPAs, escolas para os jovens e crianças, e centro esportivo que dá acesso ao lazer. Significa também a precondição para que a gente pacifique uma comunidade e acabe com o controle privado da violência, que muitas vezes aconteceu por descaso do poder público", destacou.

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 terá R$ 2,66 bilhões em investimentos para as comunidades da Rocinha e para os complexos do Lins e do Jacarezinho. Entre as intervenções, estão previstas obras de macrodrenagem de esgoto e água, instalação de rede coletora de lixo, abertura e alargamento de vias, além da construção de creches e de 475 unidades habitacionais.
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