domingo, 23 de junho de 2013

GLOBO E GURGEL QUEREM VOCÊ CONTRA PEC 37. É BOM? #acordabrasil

A Globo, maior grupo de mídia do País, comandado por João Roberto Marinho, escalou todos os seus colunistas para bombardear a PEC 37, que disciplina os poderes do Ministério Público; enquanto isso, o procurador-geral Roberto Gurgel, publicou anúncio em Veja, afirmando que a eventual aprovação da PEC 37 significa tapar os olhos e a boca de cada brasileiro; por trás dessa pressão nem tão anônima, existe uma aliança espúria que pretende desmoralizar de vez a política, o que interessa, sobretudo, à Globo; sem a urna, prevalece a rua, manipulada por quem fala mais alto
23 DE JUNHO DE 2013 
247 - Se você é um indignado sem causa e encontrou na Proposta de Emenda Constitucional 37 um bom motivo para protestar, cuidado. É grande a chance de que você esteja sendo manipulado.
A começar pela Rede Globo, que, de forma escancarada e quase patética, escalou todos os seus colunistas para gritar contra a PEC 37.
Foi o que fez, por exemplo, a jornalista Miriam Leitão, que, não satisfeita em abordar o tema na sua coluna, disse que deu uma aula sobre a PEC para a sua arrumadeira (leia mais aqui).
Assim como ela, João Ubaldo Ribeiro, também tratou da PEC 37. Disse que o assunto não tem nada a ver com as passeatas, mas soltou um "tomara que tenha" (leia mais aqui).
Merval Pereira, óbvio, também é contra a PEC 37. E disse que essa manifestação espontânea acabou sendo sabotada pela agenda do Movimento Passe Livre!!! (leia mais aqui).
Se isso não bastasse, foi ainda patética a cena em que uma repórter da GloboNews tenta impor a um dos líderes do MPL que abrace a causa contrária à PEC 37 (assista aqui).
E houve ainda a cena impagável no Bom Dia Brasil, em que um repórter da Globo pergunta a uma jovem da periferia sobre o que ela protesta – e ela responde, antes de olhar para o cartaz que tinha nas mãos: "Deixa eu ver... é sobre essa PEC".
Tudo isso, sem falar na campanha ostensiva contra a PEC de nomes como Leilane Neubarth, Renata Lo Prete e todos os outros que passam pela tela da Globo.
Está claro, portanto, que a família Marinho é contra a PEC 37. Os irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto ainda não assumiram suas posições publicamente, mas não faltam colunistas que falem por eles.
A questão é: por que a Globo se coloca de forma tão contrária à PEC 37?
Ah, porque isso é coisa de mensaleiro petralha, que não quer ser investigado pelo Ministério Público.
Será mesmo?
A Ordem dos Advogados do Brasil, por exemplo, fechou posição em defesa da PEC 37, argumentando que o papel do MP não é presidir inquéritos criminais, mas sim, supervisionar e fiscalizar investigações conduzidas pela Polícia Judiciária (leia mais aqui).
Ah, mas isso é porque advogados defendem bandidos. Bom, se esse argumento fosse válido, tanto melhor para os advogados, que teriam mais clientes, sem a PEC 37.
Agora, responda duas questões. Quem, em sua história, defendeu mais as liberdades democráticas: a Rede Globo ou a OAB? Quem se preocupa mais com as garantias individuais: a família Marinho ou a advocacia?
Antes de tomar uma decisão sobre a legitimidade ou não da PEC 37, faça o confronto entre duas personalidades.
O procurador-geral Roberto Gurgel, que autorizou a compra de vários equipamentos de escuta telefônica pelo Ministério Público e tem sido acusado de escolher alvos de acordo com suas preferências políticas, naturalmente, é contra a PEC 37.
O novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, é favorável.
O MP, chefiado por Gurgel, publicou anúncio na revista Veja, cuja mensagem é ameaçadora. Se a PEC 37 vier a ser aprovada, os brasileiros terão olhos fechados e boca tapada.
Barroso fez um parecer cristalino (leia mais aqui).
O que merece maior confiança: o senso de Justiça de Gurgel ou de Barroso?
Se você já tomou sua decisão, um ponto ainda merece reflexão.
Afinal, por que tanto barulho em torno dessa PEC 37?
Simples.
Por trás disso, há uma disputa de poder.
A democracia brasileira vem sendo vilipendiada e desmoralizada pela grande imprensa nos últimos anos.
Em parte, claro, por culpa dos próprios políticos.
Mas o que resta sem a política?
A barbárie.
Sem a urna, prevalece o barulho da rua.
E quem manipula a rua?
Quem fala mais alto.
Pensou Globo?
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